Os poetas e os seus dilemas

Na expectativa do verso perfeito

Ante ao poeta, determinado direito

Onde consta traços e gracejos

Perpetuam-se por tintas de desejos

E o poema tem lá o seu tempero

E o poeta temperamental

Derrama, suas pitadas de sal

À ferver em versos de desespero.

Poesia experimental, é química

Que gesticula palavras mímicas

Ciência que emerge sem estudos

Do nada e nadando em tudo.

Sobre cegos e mudos

Aos poetas o que resta

É a ideia que se manifesta

Zombando de todo mundo .

E enquanto rimos enfadonhos

De alegres, de repente tristonhos

A inspiração agora é ausente.

Mas rimos , posto que tristonhos

Pois bem sabe-se que vem de sonhos

As rimas mais enloquentes.

Escrito em 09/11/2006