Carência da escrita
Careço do traço
Pertenço ao ritmo da palavra
Sem isso socumbo a desoladora melodia
Ritmo da venturosa utopia
Que me lança à confabulação
Quebro a ponta do sonho
Com o lápis na mão
Libero meu coração
De alma torta e poética
Num vão de filosofia
Decoponho em mim a força bruta
Da poesia para ser burilada
Que pertence a tudo, inclusive
Não está em nada,
Pois ganha mais
Em tudo que perde.