Quero uma poesia leve
Ainda que seja breve e sucinta
Que não apregoe grandes verdades
( Mas também que não minta)
Uma prosa assim,
que fale de Ana,
de Maria,
de Rita.
Que não sejam versos enfadonhos
Mas também que não sejam tristonhos
Que não esbanjem confeites e fantasias
Mas que da mesma forma não se vistam de melancolia
Como o doce da ambrosia,
no ponto certo...
Sim, um poema sincero e direto
Que diga logo à que veio
Início, findar e meio
E que venha em nome do amor
Ah, este é o único querer que exijo
Uma ode onde tudo eu brinco e finjo
Mas sim,
quero um poema leve,
ainda que seja breve
mas que cante o afeto.
Porque o apreço, meu Senhor e minha Senhora
é o que todo verso aprimora
A cor e o sabor do vinho da amora
A razão do versejar do poeta
Escrevendo em linhas tortas, solenes ou retas
Em rimas, versos livres ou brancos
Sendo o amor nosso motivo
Nu e franco!
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