As brumas cobrem o monte
A fumaça atrapalha minha visão
Mas ainda espero a luz do sol
Céus claros sobre o arrebol
Enlaçar a sua mão
Tocar o seu rosto de amigo
e beijar seus lábios de amante.
Talvez nada volte a ser como fora antes
Mas não impede que sejam dias risonhos
Onde o passarinho voe por céus de musicalidade
Bordando com fios de ouro meus sonhos
em plena folia de uma tarde...
Enquanto enlaço minha perna na tua
Encosto a cabeça no teu peito querido
Sussurre teu nome num gemido
Quase uma prece
De alma pura e nua.
Então enquanto a bruma ainda cobre o monte
Eu crio poemas de instantes
Esperando que tudo volte a ser tal qual fora antes
E se não voltar a ser alegria
valeu o verso da poesia.