"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente."
Fernando Pessoa
PARTES DO POEMA EM MIM...
Não sei se sou tudo o que escrevo
Muito menos direi que sinto tudo o que traço
Por tantas vezes simulo o verso
Por outras finjo fingir o verso
Tanto que me confundo
Não sei ao certo onde começa o poema e findo eu.
Sou parte das palavras que rascunho no papel?
Sou saudades?
Sou tristeza?
Sou tardes de céus azuis?
Sou o pássaro no umbral?
Sou paixão e sou amor?
Sou?
Ou finjo ser?
A poesia tantas vezes voa alheia à mim!
Outras vezes sou todo o sentir do verso
Desconexa
Mas ainda assim a poesia,
intocável e sublime.
Se o poema que versejo é o que sou, não sei
Não sei se sinto tudo o que versejo
Mas a poesia ocupa todas as vielas do que penso ser.
E se sou o que penso,
sou parte do poema
e ele,
uma porção de mim.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente."
Fernando Pessoa
PARTES DO POEMA EM MIM...
Não sei se sou tudo o que escrevo
Muito menos direi que sinto tudo o que traço
Por tantas vezes simulo o verso
Por outras finjo fingir o verso
Tanto que me confundo
Não sei ao certo onde começa o poema e findo eu.
Sou parte das palavras que rascunho no papel?
Sou saudades?
Sou tristeza?
Sou tardes de céus azuis?
Sou o pássaro no umbral?
Sou paixão e sou amor?
Sou?
Ou finjo ser?
A poesia tantas vezes voa alheia à mim!
Outras vezes sou todo o sentir do verso
Desconexa
Mas ainda assim a poesia,
intocável e sublime.
Se o poema que versejo é o que sou, não sei
Não sei se sinto tudo o que versejo
Mas a poesia ocupa todas as vielas do que penso ser.
E se sou o que penso,
sou parte do poema
e ele,
uma porção de mim.