Vento Catártico
O vento arrasta passos,
meu lápis arrasta traços de tudo
que lapido, minha poesia arrasta
os passos ainda não lapidados.
Frenéticos talvez, pelo inverno que
está fazendo revira volta dentro de mim.
Gotas de orvalho, ainda não caíram,
são só fluidos, estátuas inquietas.
O enigma de minha ressignificação
ainda não cessou.
Dizer é uma farsa.
Resignação, não basta.
O mesmo não cabe,
reinventar é avassaladora esperança,
que se lute por sonhos,
e se crie a cobrança!