Como Viver pela Fé nas Dificuldades

 

 

Por mais paradoxal que possa parecer, em um mundo em que a iniquidade se multiplica cada vez mais, especialmente neste tempo do fim, conforme o próprio Jesus profetizou que ocorreria; "a boa nova de grande alegria" continua ainda em pleno curso, e assim será até que Jesus volte, ou seja, o Evangelho que foi manifestado com a primeira  vinda do Senhor para cumprir tudo o que foi prometido por Deus, quanto a libertar almas que se encontravam em cativeiro ao pecado, ao diabo e ao mundo para transformar o nosso pranto em alegria, e enfim cumprir todas as boas promessas feitas àqueles que se arrependessem e cressem em Cristo.

1 O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados;

2 a apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram

3 e a pôr sobre os que em Sião estão de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria, em vez de pranto, veste de louvor, em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem carvalhos de justiça, plantados pelo SENHOR para a sua glória.” (Isaías 61: 1-3)

 

Há muitos que se dão a vícios e bebida forte, e fazem programações de festas para espantarem seu descontentamento, tristeza e frustração em seu viver, mas esta alegria natural é passageira e não pode edificar e alimentar a alma com a verdadeira alegria e paz que prevalecem sob quaisquer circunstâncias; esta somente pode ser gerada  por meio da fé em Jesus, segundo a operação do Seu próprio poder em nós, pelo Espírito Santo, justificando-nos do pecado, libertando-nos de suas cadeias, e santificando-nos pela implantação da justiça do próprio Jesus, pela qual somente podemos nos tornar agradáveis e aceitáveis a Deus.

 

Daí, ter sido revelado pelo Senhor ao profeta Habacuque, que o justo viveria por meio da sua fé, pois é somente por meio dela que pode alcançar a retidão em justiça, em santidade, que é exigida de todos aqueles que se aproximam de Deus.

Esta retidão permanece gerando e manifestando a vida eterna de Cristo em todos aqueles que a possuem, mesmo em meio às maiores dificuldades que possam ser enfrentadas neste mundo, como a que sucedeu, por exemplo, nos próprios dias de Habacuque, em que haveria grande destruição efetuada pelos babilônios em relação ao povo de Israel, que seria conduzido por eles ao cativeiro.

 

Todavia, o profeta aprendeu que mesmo em meio a tal calamidade, a alegria do Senhor permaneceria em sua alma, ainda que tudo o que fosse necessário à manutenção da vida do corpo viesse a faltar.

O apóstolo Paulo aprendeu isto também, conforme expressado por suas próprias palavras, quando se encontrava preso em Roma, chegando suas prisões a cerca de seis anos seguidos, pois estivera preso antes em Jerusalém e Cesaréia:

 

“6 Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.

7 E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.

8 Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.

9 O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco.

10 Alegrei-me, sobremaneira, no Senhor porque, agora, uma vez mais, renovastes a meu favor o vosso cuidado; o qual também já tínheis antes, mas vos faltava oportunidade.

11 Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação.

12 Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez;

13 tudo posso naquele que me fortalece.” (Filipenses 4: 6-13)

 

Quando apresentamos a primeira edição deste livro de John Owen, grassava em todo o mundo a pandemia da Covid, e agora ao emitir esta segunda edição corrigida e ampliada, em fins de 2023, estamos testemunhando o agravamento de muitos conflitos que estão refletindo sobre todas as nações, especialmente as guerras da Rússia, Ucrânia, e de Israel contra o Hamas, pelas quais tem sido revelado um crescente ódio contra os judeus, e apoio a ações terroristas; conflito de ideologias, sobretudo entre conservadores e progressistas, acompanhado de uma multiplicação da iniquidade, que segundo a palavra usada por Jesus, no original grego das Escrituras é "anomia", cujo significado literal é “sem lei”, ou seja, sem respeito e cumprimento à Lei e aos mandamentos de Deus, que tem conduzido consequentemente a um esfriamento do verdadeiro amor em todas as partes do mundo, pois ao amor deve preceder sempre a verdade e a justiça, sem as quais não pode existir um procedimento realmente santo, justo e piedoso.

 

Em todo o caso, o justo permanecerá vivendo a vida santa de Deus, se continuar perseverando na fé em Cristo e em Sua Palavra.

Se permanecer em humildade reverente diante do Senhor, pois a soberba do ímpio faz com que sua alma não possa ser reta, ou seja, ser considerada justa diante de Deus.

“Eis o soberbo! Sua alma não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé.” (Habacuque 2: 4)

 

 

 

 

Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 18/12/2023
Reeditado em 30/12/2023
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