JESUS CRISTO, HOMEM
JESUS CRISTO, HOMEM
Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo.
I TIMÓTEO 2:5 -6
Paulo, o apóstolo se refere a Jesus como parte da raça humana.
Na passagem acima ele o qualifica assim.
Aos Filipenses 2:5-9, Jesus é mostrado pelo apóstolo na figura de um homem comum sem a presença manifesta de nenhum dos poderes divinos n’Ele inerentes. O objetivo era demonstrar que sua vida na Terra deveria ser vivida de forma tal que dependesse absoluta e totalmente do Espírito Santo, mesmo sendo Ele o próprio Deus encarnado. Todos os atributos que lhe conferem o caráter divino, largamente utilizados por Ele no plano eterno para criar todas as coisas, estavam-lhe, agora, vedados não devendo, de forma alguma, serem utilizados na sua trajetória terrena. Qualquer ação nesse sentido poria a perder a obra que ele deveria realizar na Terra como homem. Quando o escritor Lucas o classifica de Filho do Homem, está simplesmente identificando-o com o homem terreno, nascido como homem terreno e devendo viver como tal.
Lucas 9:22
E continuou: — O Filho do Homem terá de sofrer muito. Ele será rejeitado pelos líderes judeus, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da Lei. Será morto e, no terceiro dia, será ressuscitado.
Fl 2:5-9 ...De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome.
Cabia agora a Jesus demonstrar que, apesar de lhe estar vedado o uso do poder e autoridade pessoais inerentes, não haveria prejuízo para o que viera fazer como enviado de Deus, pois se não podia usar as suas virtudes pessoais, entretanto podia usar abundantemente o poder equivalente ao seu próprio, proveniente do Espírito de Deus o qual não lhe estava vedado. O poder do Espírito Santo foi-lhe dado como ferramenta essencial na realização de sua obra, e que o usasse em tempo integral não somente para realizar a obra que viera a fazer, mas também para sua própria segurança e sustento. Como está escrito em Isaías 61: O ESPÍRITO do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar(...) e Atos 10:38: como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o ESPÍRITO SANTO e com virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele.
Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo.
I TIMÓTEO 2:5 -6
Em acréscimo a isso, no texto de I Timóteo 2:5-6, citado acima, Ele se colocou como único intermediário habilitado para refazer a conexão entre o Pai e o ser humano banido por causa da desobediência. Chegou a dizer em João 14.6 que ele era o único caminho de acesso a Deus, entregando-se como preço de redenção e resgate da Humanidade.
Jesus lava os pés aos seus discípulos.
O ato de lavar os pés aos discípulos (João 13:15), revela a posição de servidão a que se sujeitou para ser achado como ser humano. E, como tal, teria que possuir as qualidades necessárias para cumprir a função de redentor. A demonstração de legítima humildade diante de outros seres humanos revela a sua origem fazendo dele o maior dentre todos os seres humanos. Certa ocasião Jesus caminhava tendo seus discípulos seguindo após si, enquanto caminhavam debatiam entre eles sobre qual deles era o maior (Mc 9.34). Jesus os observava analisando a futilidade daquele debate. O grande amor que tinha por eles aguardava o momento propício para fazê-los entender quão grandes e maiores eram as coisas com as quais deveriam estar compartilhando entre si. Coisas tremendas e simples estavam sendo deixadas de lado somente porque, aos olhos daqueles homens rudes não pareciam ter valor, mas aos olhos do Mestre eram aquelas que trariam a unidade e verdadeiro crescimento espiritual.
Ao pararem veio a pergunta que, apesar de ser tão normal, causou grande constrangimento: O que discorríeis pelo caminho?
A pergunta do Mestre pegou-os de surpresa e não sabiam o que responder. Entreolharam-se e demonstravam que estavam se sentindo extremamente envergonhados. Porquê?
Era uma simples pergunta. Por que teria causado tão grande silêncio? A dificuldade de achar uma resposta coerente era visível.
Um típico caso de visão cosmológica. Aquele foi um momento ímpar. Entreolharam-se, cada um esperando pelo outro para fazer a confissão ao Mestre da postura soberba e demonstração de arrogância demonstrada por cada um deles. Estavam, simplesmente, expondo a mediocridade que cada um tinha dentro de si.
Enquanto formos deste mundo teremos uma maneira de ver as coisas de acordo com os valores praticados nesta dimensão. Neste mundo aquele que possui bens materiais sempre será visto como sendo o maior quanto maior o volume de bens que possuir, porque a medida com que se mede a grandeza de uma pessoa não aponta para a sua grandeza de caráter, mas pelos valores que possui em sua conta bancária, pela qualidade do carrão com que circula. Quando chega em uma reunião qualquer tem lugar de destaque, é chamado de senhor, doutor e outras coisas que apontam-no como um homem rico.
Faz parte da missão que Jesus veio desempenhar nesta dimensão promover a transformação da nossa miopia em uma visão poderosa.
A passagem de 1Co 2:9 Diz: “Coisas que os olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem sequer subiram ao coração do homem são aquelas que Deus preparou para aqueles que o amam.
Veja bem : Deus preparou muitas coisas maravilhosas e com muito carinho para aqueles que o amam, mas os que amam “olhos não viram”; “ouvidos não ouviram” ; “não chegaram ao coração”... Aqui está demonstrado que não basta amar a Deus para ter uma visão adequado das coisas espirituais porque eles são comtempladas unicamente por aqueles que tiveram sua visão aberta por meio de uma comunhão íntima com o Espírito de Deus. 1 Co 2:10.
Nesse verso 10 está escrito que todas essas coisas só podem ser vistas por meio de uma revelação do Espírito Santo, tanto é que o verso dez começa com uma palavrinha que, analisada do ponto de vista da Gramática Portuguesa, promove uma mudança de sentido do que foi dito antes de si. Qual palavrinha é esta? “...mas...” A palavra “mas”, por ser uma conjunção adversativa, é usada para transmitir ideia de oposição ou adversidade. (Pesquisa Google)
Veja o que diz o versículo 10: “...mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito, porque o Espírito perscruta todas as coisas, mesmo as profundezas de Deus”...
A visão que Jesus veio que Jesus nos propõe vai além do que a nossa visão limitada pode alcançar. Como diz a palavra em inglês, beyond, ou “ir além”. Existe um rio de unção sobre o qual vamos ser levados até que compreendamos o que JESUS nos trouxe, como diz a canção do Davi Sacer “Leva-me além”
Jesus não pode ser comparado a um ser humano estragado como o somos! Tudo que não deveria estar dentro daqueles homens aflorou instantaneamente. Foram tomados de um profundo sentimento de culpa, por isso silenciaram. Eles não sabiam, mas estavam sendo observados em todo o tempo enquanto debatiam sobre um assunto trivial, mas Jesus considerou aquele momento oportuno para transmitir-lhes uma lição de vida dizendo-lhes: "Se alguém que, dentre vós, quer ser o primeiro, será o último e servo de todos (v.35). Com gesto simples e cheio de amor e pura bondade toma uma criança em seus braços, dizendo-lhes: Qualquer que receber uma criança tal como esta, em meu nome, a mim me recebe e qualquer que a mim me receber, não recebe a mim, mas ao que me enviou (v.37).
A lição passada aos discípulos marcou-os profundamente.
Discorrer sobre Jesus é algo emocionante porque o predicado que, normalmente deveria fazê-lo parecer humano como desejava, é exatamente o que o torna um ser supremamente superior.
A descoberta desta dimensão vem com uma profunda transformação da maneira de ver tudo.
A partir do momento em que a Bíblia afirma que temos a mente de Cristo (1 Co 2.16) essa condição nos transporta para uma dimensão que, forçosamente, deveremos enxergar as coisas de uma perspectiva de Cristo, senão o ato de dizer que temos a mente de Cristo não passa de uma falácia.
Normalmente a demonstração de humildade por parte de uma pessoa, posiciona aquele que a tem esse perfil no seu devido lugar, seja na sociedade seja no grupo a que pertence, mas em se tratando de Jesus as coisas parecem entrar num contrassenso demonstrando que quanto maior o gesto de humildade encontrado em sua pessoa, contraditoriamente o torna maior.
Ao compreender isso avanço um pouquinho na compreensão de como ser uma pessoa melhor do que sou ou, por outro lado, menos pior. Jesus ensinou, não somente seus discípulos contemporâneos, mas continua ensinando a tantos quantos queiram continuar sorvendo a sabedoria que fluiu pelos seus lábios desde então.
Cabe entender se a humildade manifesta em Jesus, fazia-o mais humano ou mais divino. Neste momento não sei se choro ou me rio de perplexidade, porque isso é extraordinário e vale para todos.
Ao lavar os pés aos seus discípulos, o Senhor assume uma postura que o posiciona, naquele momento, na condição de servo e não de Senhor. Isso me deixou perplexo por que, na verdade Ele queria que os discípulos o vissem como um ser humano que, na qualidade de servo deveria, pela lógica, estar abaixo daquele que recebia o serviço de acordo com os parâmetros humanos comuns, porém, naquele momento Jesus era tão puro e tão autêntico que o seu ato o elevou acima de todos. Por este motivo Ele afirmou em Mt 20:27:...”e quem quiser ser o primeiro entre vós, será vosso servo”, ensinando a lição para aqueles que querem seguir seu exemplo, terminando o texto no verso 28, dizendo: ... “tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate de muitos.”
Esta para mim é a informação de maior clareza que existe para aquele que quer caminhar nos passos de Jesus. Servir.
Para muitos, Ministério é cargo, é glamour, é posição elevada, mas Ministério é Serviço. Unicamente isso: SERVIÇO!
Na condição de Senhor, Jesus jamais conseguiria morrer, porquanto como Senhor a morte seria impedida de chegar nele, mas como servo e auto despojado de sua autoridade e poder permitiu-se morrer. Ele disse: "Eu dou a minha vida para a retomar. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai." (João 10.17-18). Aquilo não era um "teatrinho", mas uma manifestação da grandeza da sua natureza limpa de hipocrisia e dissimulação.
A humildade é uma demonstração de grandeza de alma quando praticada com autenticidade.
Ao abdicar de sua própria autoridade divina pessoal e assumir a forma humana comum, foi acobertado do Espírito Santo, submeteu-se ao seu comando e pelo seu poder realizou milagres e maravilhas ao ponto de o apóstolo João utilizar-se de uma hipérbole para demonstrar o trabalho bem-sucedido realizado por ele. Disse o apóstolo que nem em todos os livros do mundo se poderia conter o volume de coisas que fez. Isso serve como exemplo, em geral, para todo aquele que se deixar alcançar pela missão levada a cabo pelo Mestre.
Cada pessoa que se converte a Jesus Cristo torna-se membro do Corpo, aquele que se deixa alcançar pelo propósito da sua missão aqui no corpo, é convidado a dar continuidade ao que Ele começou a fim de que Ele seja multiplicado em muitos filhos, (João 12.14).
O apóstolo Paulo, no seu maravilhoso capítulo 8 de Romanos, pelo Espírito Santo afirma que Jesus abdica da sua posição de Unigênito de Deus (João 1:18), para dar início a uma nova estirpe de filhos. Nos versos 11 e 12 deste primeiro capítulo de João, afirma com todas as letras que Pai ordenou que todo aquele que abraça a missão do Filho é-lhe dado o status de Filho de Deus.
Assim como o primeiro Adão deu início a uma estirpe de seres humanos numa repetição contínua de si mesmo, transferindo aos seus descendentes suas características pessoais tanto físicas como espirituais, respeitada a questão de gênero, o segundo Adão foi enviado a este plano para resgatar a estirpe adâmica, debaixo da maldição do pecado e levá-las de volta ao Pai (1 Tm 2:3-6), contudo desta feita, o Pai conta com a cooperação daquele que é resgatado para se posicionar como filho, à semelhança do Filho resgatador.
O escritor aos Hebreus escreve a esses novos irmãos um convite maravilhoso dando garantia de que, aquele que optou pelo caminho proposto por ele tem escolhido o caminho verdadeiro e será muito bem sucedido. Hb 10:19-23.
19Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar no Lugar Santíssimo pelo sangue de Jesus,
20por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo.
21Temos, pois, um grande sacerdote sobre a casa de Deus.
22Assim, aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé, tendo os corações aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada e os nossos corpos lavados com água pura.
23Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel.
Essa nova humanidade tem início em Jesus, o último Adão. O tempo de dar início à segunda fase da criação aonde foi prometido que o homem seria alçado a um patamar indescritivelmente alto, começou exatamente ali. No calvário. Pelo precioso sangue de Cristo abre-se um novo e vivo caminho de volta ao Pai.
O primeiro Adão é alma vivente assim como todos os seus sucessores. O último Adão é espírito vivificante assim como todos os seus sucessores. “Porque assim como em Adão todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo” 1 Cp 15:22,23. O fato de terem sido vivificados pelo Espírito vivificante foi-lhe transmitido também a essência do vivificador, podendo transferir na mesma intensidade e com a mesma eficiência os dons recebidos diretamente do vivificador. Recebemos e repassamos numa corrente em sequência (João 17:21-23), até que seja alcançado o último elo. É por este motivo que João, o apóstolo do amor escreveu as palavras do Mestre: “Aquele que crê em mim fará as obras que eu faço, maiores ainda as fará porque vou para o Pai”. Ao expressar-se assim, significa que assim como ele recebeu uma delegação do Pai para que por meio dele viessem muitos irmão à sua semelhança ( Rm 8:29) com autoridade de utilizar-se dos mesmos recursos que Ele utilizou no cumprimento de sua missão ( Is. 61), que eles realizassem coisas tão tremendas ou até mais impactantes do que aquelas que ele mesmo realizou, como ele mesmo afirmou, e com a mesma eficiência (João 14:12).
Em Cristo se cumprem todas as promessas feitas a Adão no Éden de fazê-lo à sua própria imagem conforme a sua semelhança.
Quando a promessa é feita tudo já estava pronto em perspectiva.
1Visto que nos foi deixada a promessa de entrarmos no descanso de Deus, que nenhum de vocês pense que falhou.
2Pois as boas-novas foram pregadas também a nós, tanto quanto a eles; mas a mensagem que eles ouviram de nada lhes valeu, pois não foi acompanhada de fé por aqueles que a ouviram.
3Pois nós, os que cremos, é que entramos naquele descanso, conforme Deus disse: “Assim jurei na minha ira: Jamais entrarão no meu descanso embora as suas obras estivessem concluídas desde a criação do mundo”.
4Pois em certo lugar ele falou sobre o sétimo dia, nestas palavras: "No sétimo dia Deus descansou de toda obra que realizara".
Hb. 4:1-4
No versículo 4 do texto acima o verbo descansar está conjugado no passado. Um mistério surge aqui. O sétimo dia referido aqui não seria o mesmo sétimo dia que sucede a criação de Gênesis 1?
Deus concluirá sua obra em algum futuro próximo ou distante ou em outra dimensão diferente da nossa, todas as coisas já foram concluídas e o descanso já está acontecendo? Que dimensão será essa?
Nesta dimensão daqui Jesus é apresentado como o Primogênito dentre um grupo de irmãos que foram redimidos do cativeiro da corrupção presente (Rm 8.29).
O Apóstolo Paulo ao apresentar a nova família representada pelos “muitos irmãos” de Rm 8:29, compara-os ao irmão número um. Na sequência o apóstolo, debaixo de manifesta revelação do Espírito, faz uma exposição do que estava reservado para aquela nova estirpe de crentes e chama-os de “predestinados”.
Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, daqueles que foram chamados de acordo com o seu propósito.
Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.
E aos que predestinou, também chamou; aos que chamou, também justificou; aos que justificou, também glorificou.
Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Romanos 8:28-31.
Isto, de maneira nenhuma, faz de mim um calvinista típico daqueles que vêm na “TULIP” um dogma.
(Acróstico dos cinco pontos defendidos pelo calvinismo)
Os cinco pontos são:
• T- Total Depravity (Depravação Total)
• U- Unconditional Election (Eleição Incondicional)
• L- Limited Atonement (Expiação Limitada)
• I- Irresistible Grace (Graça Irresistível)
• P- Perseverance of the Saints (Perseverança dos Santos)
O HOMEM E SUA CRIAÇÃO NO ESPAÇO TEMPORAL
Em Gênesis 1:24, começa o sexto dia da criação.
Na primeira fase desse dia criativo vemos a formação de toda uma estrutura minunciosamente elaborada e posta em ação como um ato divino, objetivando preparar a chegada da sua criação maior: O Homem. No versículo 26, antes mesmo de lançar mão ao “barro”, expressou-se de forma a revelar o que pretendia com o ato de criar um ente que fosse elaborado de tal forma que pudesse vir a ser com a si mesmo. Suas colocações apresentam uma antevisão do ser que criaria.
"FAÇAMOS O HOMEM Á NOSSA IMAGEM CONFORME A NOSSA SEMELHANÇA!”
As palavras expressadas dão conta que o Criador já o via pronto e concluído em toda a sua extensão mesmo antes de fazer o primeiro movimento no sentido de dar início à sua criação.
Essa clássica frase expressa o ânimo do criador antes de colocar mão à obra para dar início e dar forma à matéria prima com a qual pretendia modelar o primeiro ser humano.
Eu sei disso porque eu estava lá. (Não tentem me comparar como o Raul Seixas, por favor).
Os versículos seguintes demonstram que o homem seria conformado à semelhança do seu Criador. As palavras são ditas como uma promessa e não, necessariamente, como algo a ser consumado naquele exato momento.
O fato de ser semelhante a Deus corresponde ao projeto inteiro apresentado no verso 31 deste primeiro capítulo, lembrando aqui o escritor aos Hebreus 4:4
4Pois em certo lugar ele falou sobre o sétimo dia, nestas palavras: "No sétimo dia Deus descansou de toda obra que realizara".
Seria o ápice de todo o trabalho criativo no que concerne à sua obra prima (Tg 1:18), do pleno poder e autoridade que aquele ente receberia após a consumação dessa sublime tarefa, ou seja, de criar o Homem.
Todas as qualidades inerentes ao próprio Deus e que, por sua natureza, podiam ser transferidas, seriam reproduzidas nele, permitindo uma perfeita compatibilidade no relacionamento de intimidade que o Criador pretende ter com ele, entretanto o cumprimento da promessa se daria em momento próprio e obedeceria a um processo que culminaria no verso 31 do capítulo primeiro de Gênesis.
Enquanto isso nós estamos sendo simplesmente nós. O afastamento de Deus trouxe, entre os povos, ainda no Éden guerras, ódios, rixas, orgulho e tantos outros elementos que vieram com subprodutos do afastamento de Deus.
Por outro lado, a mente carnal humana tem seus atributos naturais como inteligência, capacidade de raciocínio e uma lei natural que Deus inscreveu na tábua de seu coração para que lhe servisse de norte como ensina Paulo em Romanos 2.
Homens e mulheres com inteligência moderada e cumulativa.
À medida que experimentamos algo, aquilo vai agregando-se ao nível anterior em um crescendo contínuo de forma que alguns se despontam alcançando níveis e multiplicando o saber paulatinamente até chegar o momento em que alcancemos o ponto em que o criador diz: É chegado o momento!
Esse momento recebe o nome de Plenitude dos Gentios .
Um patrimônio colossal foi implantado e disponibilizado no ser humano. Considerando algumas passagens bíblicas de grande importância o ser humano é colocado no topo das coisas criadas. Em Tiago capítulo 01, verso dezoito, o apóstolo afirma que o ser humano é considerado a obra prima de todas as coisas criadas. No capítulo da criação, Genesis um, verso vinte e sete o escritor afirma que o Criador utilizou-se de Si mesmo como modelo na tarefa de criar o ser humano.
O ser humano recebeu a missão de procriar-se e encher a terra, mas terminou por dar existência a uma humanidade separada de Deus em razão do pecado e desobediência.
Afirmar que o projeto de Deus não deu certo por causa da desobediência de Adão e Eva é fazer pensar que Deus cometeu um equívoco e que simplesmente foi tomado de surpresa quando o homem não obedeceu ao simples comando de não assumir certa postura.
Afirmar tal coisa é confessar total desconhecimento dos atributos inerentes ao próprio Criador. Em Isaías 46.10 afirma que Deus conhece o fim desde o início. Seria infantilidade afirmar que Iaveh foi pegado de surpresa.
Talvez você pergunte: O que aconteceu então? O que Jesus veio fazer aqui então? Não foi corrigir a presepada de Adão?
Absolutamente Não!!!
Inegavelmente era plano de Deus que todos se salvassem e que todos chegassem ao entendimento.
1 Tm 2:4
ELE VEIO PARA QUE FÔSSEMOS SANTOS.
Houve necessidade de fazer aparecer um segundo Adão para, através dele, fazer surgir uma humanidade diferente da primeira e que conseguisse obedecer e manter-se dentro de uma postura aceitável ao Senhor da criação sendo aprovada para experimentar a vida eterna com o Pai. João 3.16: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereçca, mas tenha a vida eterna."
O Senhor Jesus como o último Adão é o modelo de ser humano que o Céu sempre idealizou para que cada ser humano chegasse a ser um dia.
Jesus era o modelo.
Jesus veio em semelhança de Homem, quebrando o bloqueio que havia possibilitando a comunhão entre o homem resgatado da condenação de volta para seu Criador. Com o seu trabalho conquistou todo o poder e autoridade para nos tirar da nossa humilhação e nos inserir no contexto da divindade.
Colossenses 1:12-14
"Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz; o qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor. Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados;"
Essa nova posição não nos colocou exatamente como novos deuses, mas como parte do próprio Senhor Jesus como membros de seu corpo místico, portanto com a mesma essência podendo desfrutar do poder e da autoridade que existe nele.