O Verdadeiro Diagnóstico do Mal Presente 

 

“19 O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más.
20 Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem arguidas as suas obras.
21 Quem pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus.” (João 3: 19-21)

 

Eis aí revelada em poucas palavras a real causa que distingue as pessoas deste mundo: as que vêem para a luz, e as que aborrecem e não se aproximam da luz.
A luz da revelação da vontade de Deus para o homem, que se manifestou em sua maior expressão na própria pessoa de Jesus é o grande divisor de águas, que dita as formas de comportamento existentes no mundo, desde o início da criação. 
Como sempre foi maior o número daqueles que aborrecem, e não se chegam para a luz, não é de se admirar que haja tão grandes trevas espirituais no mundo de nossos dias, em que a população mundial pulou de quatro para os atuais oito bilhões de pessoas nos últimos quarenta anos.
Esse predomínio quantitativo do mal, relativo ao pecado original no apogeu de sua manifestação chega até mesmo, a dar a impressão de que todo o bem foi apagado e que Deus deixou a todos entregues a si mesmos, para praticarem somente aquilo que para Ele é abominável.

 

Antes, por muito tempo a sociedade era dividida em três classes: alta, média e baixa. No sentido moral não havia qualquer desvantagem em ser pobre, ou seja, da classe baixa; ao contrário, a Bíblia fala da pobreza digna e da vantagem que o pobre tem em relação ao rico, quanto à possibilidade de entrada no Reino de Deus.
Mas, quando o marxismo atribuiu os males existentes a uma suposta injustiça social, fundamentada apenas na desigualdade da distribuição da riqueza material e, uma também suposta opressão das classes pobres pelas burguesas, introduziu-se a falsa noção de que ser pobre é um mal a ser corrigido pelo socialismo.

Com ataques à religião e à fé em Deus, à igreja, ao cristianismo, e à falsa promessa de tomada do poder pelo proletariado, denominou-se de revolução progressista contra o conservadorismo até então dominante, para instalação dos ideais da Revolução Francesa de "igualdade, liberdade e fraternidade", que nada mais era do que sacudir o considerado jugo da religião, do modo de cultura predominante, e substituí-lo pela ilusória liberdade e igualdade, pela perversão dos costumes e valores judaico-cristãos, com forte rejeição aos mesmos, e ao que até então chamava-se de mal passou a se chamar de bem como, por exemplo, soltar os encarcerados que são, segundo eles, vítimas de uma sociedade opressora, e não culpados pelos crimes que são assim definidos por leis que devem ser derrubadas com o passar do tempo, pela imposição à sociedade dessa nova e perversa moralidade.
 

Quando Jesus profetizou a multiplicação da iniquidade que haveria nos últimos dias, Ele se referia a este estado de coisas, pois a palavra usada no original grego para iniquidade é "anomia", ou seja, sem lei, contrário à lei de Deus.
Daí surgiu então, uma nova classe que penetrou nos três níveis citados anteriormente, que o psiquiatra Theodore Dalrymple denominou de "underclass", ou seja, uma "subclasse", no sentido de algo que sorrateiramente e por baixo se infiltrou em todos os níveis sociais, e que tem ditado o comportamento da maioria das pessoas em nossos dias, como se vê em todas as nações com rebelião à autoridade, seja ela civil, policial, paterna, etc; como também apreço pelo irreverente, imoral e grotesco, seja na prática sexual, seja nos sons infernais que chamam de música (funk, rap, balada, etc.), ou seja no modo de se vestir, ou no vocabulário, etc.

 

Tatuagens têm um fundamento em rebelião, e são um símbolo de contracultura. Uso abusivo de drogas alucinógenas; busca de liberdade sem responsabilidade ou nenhuma das duas.
Estas coisas não fazem parte do Reino de Jesus Cristo, que é um reino de santidade, justiça, verdade, amor e bondade, sobretudo de temor a Deus e obediência à Sua vontade - de modo que, o que se vê em todo o mundo presentemente, sobretudo no Ocidental, é um mero reflexo da vitória que a subclasse satânica logrou alcançar, conforme está profetizado na Bíblia, para que o Anticristo possa se manifestar.
Assim, nenhuma vitória do conservadorismo, a nível governamental ou jurídico significará de modo algum uma vitória do reino de Cristo, que não é deste mundo, pois este quadro não pode ser alterado por nenhum poder terreno, seja por imposição legal ou governamental. Somente em Jesus, em Sua volta, há uma resposta adequada para a restauração de todas as coisas.

 

Citações de Theodore Dalrymple

Um espectro assombra o mundo ocidental: a “subclasse”.

Essa subclasse não é pobre, ao menos pelos padrões que prevaleceram ao longo de grande parte da história humana. Existe, em graus variados, em todas as sociedades ocidentais.

Como todas as outras classes sociais, se beneficiaram enormemente do grande aumento geral da riqueza dos últimos cem anos. Em certos aspectos, de fato, desfruta de comodidades e confortos que dariam inveja a um imperador romano, ou a um monarca absolutista.

Também, não é politicamente oprimida; não teme dizer o que pensa, nem tem medo de ser surpreendida por forças de segurança durante a madrugada. Sua existência, no entanto é  miserável, de um modo especial de miserabilidade que lhe é próprio.

A literatura e o senso comum comprovam, que ao longo do tempo, relações sexuais entre homem e mulher sempre foram cheias de dificuldades, exatamente porque o homem não é apenas um ser biológico, mas um ser social consciente que carrega consigo uma cultura.

Os intelectuais do séc XX, todavia buscaram libertar todas as relações sexuais de quaisquer obrigações sociais, contratuais ou morais  de qualquer significado, de modo que dali em diante, somente o puro desejo sexual contaria na tomada de decisão.

 

O casamento se derreteu como a neve ao sol. A destruição da família era, por certo, um componente importante e uma consequência da liberação sexual, cujo programa utópico era aumentar a quantidade de prazer sensual sem culpa, ao menos entre os próprios libertadores. Isso resultou, ao contrário em violência generalizada, em consequência da insegurança sexual e negligência em massa dos filhos, ao passo que as pessoas ficaram mais egoístas na busca do prazer momentâneo.

Essas ideias foram adotadas literal e indiscriminadamente, pela mais baixa e mais vulnerável das classes sociais. Se alguém quiser ver como são as relações sexuais, livres de obrigações sociais e contratuais, dê uma olhada no caos da vida das pessoas que compõem a subclasse.

No mundo moderno, más ideias e suas consequências não podem ficar confinadas ao gueto. Amigos meus, de classe média ficaram horrorizados ao descobrir, que a ortografia ensinada à filha na escola estava muitas vezes, errada; ficaram ainda mais chocados, quando levaram o caso à diretora e ouviram que isso não tinha a menor importância, já que a ortografia estava quase certa e que, mesmo assim, todo mundo entendera o que ela quis dizer.
Outras instituições têm sido igualmente destruídas, pela aceitação de ideias que encorajam e mantêm a subclasse.

Quando as prostitutas foram, em número considerável, para as esquinas das ruas do bairro onde moro, o chefe de polícia local disse em resposta aos pedidos dos moradores, para que fossem tomadas providências, que não poderia fazer nada, já que aquelas mulheres vinham de lares desprivilegiados e, provavelmente eram drogadas.

Disse que não estava preparado para vitimizá-las ainda mais. Era nosso dever como cidadãos retirar as camisinhas usadas de nossas roseiras. Assim é a vida sob o regime de intolerância zero.
Pior ainda, o relativismo cultural se alastra muito facilmente. Os gostos, a conduta e os costumes da subclasse estão se infiltrando na escala social, com surpreendente rapidez.

 

Se os intelectuais progressistas lembravam das próprias experiências educacionais da infância, como algo diferente de pura alegria, a educação tinha de se tornar uma forma de entretenimento infantil, pois  quem éramos nós, meros adultos para impor nossas ideias àqueles seres igualmente sentientes, as crianças?

Não seria a Gramática e a Aritmética – e certamente todas as disciplinas, meras ferramentas burguesas (ou nos Estados Unidos, racistas), com as quais deveria ser mantida a hegemonia social?

Sendo o autorrespeito radicalmente incompatível com o fracasso, a própria ideia de fracasso tinha de desaparecer.

A única maneira de chegar a isso era acabar totalmente com a educação - um experimento que poderia ser plenamente levado a cabo, somente naquela parcela da população que primeiramente, menos se preocupava com educação, criando assim, uma nova casta hereditária de não educáveis.

 

É um erro supor que todos os homens, ou ao menos todos os ingleses queiram ser livres; ao contrário, se a liberdade acarretar responsabilidade, muitos não querem nenhuma das duas. Felizes, trocariam a liberdade por uma segurança modesta (ainda que ilusória).

Mesmo aqueles, que dizem apreciar a liberdade ficam muito pouco entusiasmados quando se trata de aceitar as consequências dos atos.
O propósito oculto de milhões de pessoas é ser livre para fazer, sem mais nem menos, o que quiserem e ter alguém para assumir quando as coisas derem errado.

Se o crime era um problema, isso era só porque uma sociedade injusta forçava as pessoas à atividade criminal, portanto a punição se constituía numa dupla injustiça, vitimizando a verdadeira vítima.

Com que direito uma sociedade injusta reivindica impor sua própria versão de justiça?

Empatia e compreensão eram o necessário, desde que isentassem o criminoso de sua responsabilidade. A criação da disposição universal para o bem, e não para a criação do medo das consequências de fazer o mal, foi o necessário para extirpar o crime.

 

Não é de surpreender, que essas tenham sido notícias promissoras, para aqueles que eram tentados a levar uma vida de crimes muito desmoralizadora, para os que apoiavam a lei.

Cada uma das prescrições progressistas piorou o problema que ostensivamente se propunha a resolver, mas cada intelectual de esquerda teve de negar essa consequência óbvia, ou perder seu Weltanschauung (visão de mundo) - de que valeria ao intelectual reconhecer uma simples verdade e perder seu Weltanschauung.

Deixemos milhões sofrerem, contanto que esse intelectual possa manter o senso de integridade e superioridade moral. De fato, se milhões sofrem, tornam-se alimento compassivo adicional para o intelectual; mais generosamente sentirá a dor deles.
Desse modo, a prescrição é: mais do mesmo.
O progressista Partido Democrata, o terceiro partido britânico, que é dominado pela inteligentizia esquerdista de classe média, e ganha impensável popularidade nascida da desilusão com o governo, e da patente incompetência da oposição oficial, recentemente realizou sua conferência.

E, quais foram as propostas mais importantes apresentadas?

O reconhecimento legal do casamento homossexual, e a diminuição das sentenças de prisão para os criminosos.
Comparado a isso, Nero era um dedicado bombeiro.

 

Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 10/12/2022
Reeditado em 25/10/2023
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