Sinais e Ameaças de Julgamentos  de um Povo,

Igreja ou Nação  - Parte 8

 

 

A Causa da Eleição

A Causa Foi um Grande Amor.

“1 Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados,
2 nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência;
3 entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.

4 Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, 
5 e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, - pela graça sois salvos,
” (Efésios 2: 1-5)

 

Nesta breve passagem de Efésios, especialmente nos seus versículos 4 e 5 é declarada a causa da nossa eleição para a salvação: o grande, o infinito amor de Deus por nós.
O pecado não foi capaz de anular o amor de Deus por aqueles que Ele pretende salvar, para participarem deste mesmo amor que há na natureza divina.
A eleição não se trata, portanto de um projeto mecânico, de uma escolha baseada em princípios que levem em conta o nosso mérito e importância para Deus; ao contrário, pois como se declara em nosso texto, toda a humanidade, inclusive os eleitos, se encontram numa completa miséria e desgraça em relação ao seu estado espiritual, em razão dos seus delitos e pecados - n
a verdade, mais do que em estado de miséria, pois todos, sem serem vivificados por Cristo, se acham mortos espiritualmente  sob uma maldição de condenação eterna.
 

Então, o apóstolo declara final e triunfalmente no verso 5: “pela graça sois salvos”, ou seja, a causa da eleição é a graça, o amor, o favor e a misericórdia de Deus para com pecadores que mereciam, sem qualquer exceção, a condenação eterna debaixo do seu justo juízo contra o pecado e o pecador.

E, a grande prova de que a causa foi o amor, e por este modo como o amor se comprovou em ter o próprio Deus sofrido e morrido em nosso lugar, numa cruz carregando sobre Si os nossos pecados, revela de modo muito claro e direto, qual era a nossa completa miséria e impotência para que fôssemos eleitos por algo de bom e especial que Deus tivesse visto em nós, indignos pecadores.

Nós, evidentemente, não o somos.
Deus é espírito onisciente, onipotente,onipresente e completamente santo e puro.

Deve ser também considerado que, para este conhecimento pessoal é necessário, antes que seja operado em nós, por Ele, o trabalho da nossa justificação; (perdão pleno), regeneração (novo nascimento), e santificação.
É por isso que, sem que Ele nos manifeste a Sua graça, não podemos conhecê-Lo de modo pessoal e íntimo.

 

Deus é amor, e os que são à Sua imagem e semelhança devem então, manifestarem o Seu amor, que só é possível com uma boa consciência, um coração puro e uma fé autêntica, como o apóstolo afirma em I Timóteo 1: 5.

"Ora, o intuito da presente admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia".
Daí, também ser dito na Bíblia que fomos predestinados, eleitos em amor, de modo que, se não há em nós este amor, então não somos eleitos, por não termos sido justificados, regenerados e santificados.

Assim, Cristo teve que tomar o nosso lugar, para que pudéssemos receber a graça da nossa eleição para que pudéssemos ser salvos por Ele.

Caso fosse suposto, que tal sucedesse em razão de um processo eletivo divino, no qual escolhesse ao léu quem seria agraciado, como um lançamento de sortes, equivaleria atribuir ao Deus que afirma não ter prazer na morte de ninguém, e  deseja que todos sejam salvos, alguma forma de vontade caprichosa.
O bom senso recomenda portanto, que tal hipótese seja excluída.
Podemos então, ter como causa segura da eleição, a assertiva bíblica de que somos:
eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito,” 
(I Pe 1: 2a)

Ou seja: o fim da eleição é o de que sejamos santificados pelo Espírito Santo.

 

Como a condição de todo homem natural é a de desconhecimento espiritual de Deus, por conta do mau uso egoísta que toda pessoa faz do livre arbítrio, escolhendo fazer a própria vontade e não renunciar à mesma, para fazer a de Deus, então interpõe-se a necessidade que sejamos atraídos por Deus, a Jesus, para sermos salvos por Ele dessa nossa condição de escravidão à própria vontade e à do diabo.

Você entende agora, porque necessitamos de oração e prática da Palavra diariamente, para sermos agradáveis ao Senhor?

Assim, as Escrituras declaram que bem-aventurados são os humildes de espírito, porque estes comprovam por sua humildade diante do Criador, que são o objeto da revelação da Sua graça salvadora.

 

                                                                                    Silvio Dutra                           


 

 

Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 05/10/2022
Reeditado em 15/12/2022
Código do texto: T7621082
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