Encontro um número crescente de cristãos hoje, dispostos a pensar em maneiras criativas de se cativar a cultura. Não é difícil encontrarmos cristãos entusiasmados acerca do plantar igrejas e do serviço do reino. É possível até encontrarmos muitos cristãos apaixonados por teologia correta. Sim e amém a tudo isso.

Falando sério. Não há necessidade de acabarmos com tudo que é bom e verdadeiro, só porque algo mais, que também é bom e verdadeiro esteja faltando.

Nas igrejas do Apocalipse, Jesus elogiou as igrejas naquilo que se mostravam fiéis, e aí as desafiou naquilo em que corriam perigo espiritual.

 

Há uma centena de coisas boas que você poderá se sentir, como cristão, chamado a buscar, mas o que estou, sim, dizendo, é que de acordo com a Bíblia, santidade, para todo cristão, deveria ser o item número um da lista.

Precisamos de mais cristãos em nossos ambientes universitários, em nossas cidades, em nossas igrejas e em nossos seminários que se disponham a dizer, junto com Paulo, “Vede prudentemente como andais”. (Ef 5: 15)
Seria possível, com todos os sinais positivos de vida espiritual em sua igreja, ou em seu coração, ainda assim haver um triste pouco caso para com sua santificação pessoal?

Quando foi a última vez, que pegamos um texto como “entre vocês não deve haver... obscenidade, nem conversas tolas, nem gracejos imorais, que são inconvenientes, mas ao invés disso, ações de graças” (Ef 5: 3-4), e tentamos começar a aplicar à nossa conversa, aos filmes que assistimos no cinema, aos clipes de YouTube, aos seriados de televisão ou aos comerciais que nos permitimos assistir?

O que dizer, quanto a que não deve sequer haver menção de imoralidade entre os santos? (v. 3)
Tem que ter um significado. Em nossa cultura saturada com sexo, eu me surpreenderia se em nossos textos, e tuitar e mesmo piadas mais reservadas não houvesse alguma menção de imoralidade.

E o que dizer de nossa roupa, nossa música, nosso flertar, e nossa forma de falar sobre pessoas que não se encontram no recinto?

Se a batalha contra a pobreza é digna de ser travada, quanto mais a batalha contra nosso próprio pecado.

Fato é que, se lermos as instruções dadas às igrejas do Novo Testamento, encontraremos pouquíssimos mandamentos explícitos para cuidarmos dos carentes de nossas comunidades, e nenhum mandamento explícito para cuidarmos da natureza, mas dezenas e dezenas de versículos que prescrevem, de uma forma ou de outra, que sejamos santos como Deus é santo. (p. ex. 1 Pe 1: 13-16)
Existe um vazio entre nosso amor ao Evangelho e nosso amor pela piedade; isso precisa mudar. Não é pietismo, legalismo ou fundamentalismo levar santidade a sério. É o curso normal para aqueles que foram chamados a um santo chamamento por um Deus santo.

 

(Nota do Pr Silvio Dutra: Ora, se o fruto do Espírito Santo que é fé, amor, paz, bondade, etc., nos vem por um andar contínuo no Espírito para sermos santificados, como é que será possível então, expressarmos uma vida espiritual que seja agradável a Deus, caso nos falte a fé que é a principal das graças que move tudo o mais?

E, se esta fé é fruto do Espírito naqueles que andam no Espírito, conclui-se portanto, que é impossível haver vida verdadeiramente agradável a Deus sem santificação, pois sem fé é impossível agradá-Lo.)

 

Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 28/01/2022
Reeditado em 03/10/2022
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