"19 Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus,

20 visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado." [Rm 3: 19,20]

 

Ninguém pode ser justificado por meio de tentar obedecer a lei de Deus, pois em razão do pecado não há um pecador sequer que possa cumpri-la perfeitamente ao longo de toda a sua existência, pois esta é a única forma de ser justificado pela lei. Então, para a nossa salvação, Deus o faz nos termos do evangelho, por meio da graça e mediante a fé em Jesus, sem no entanto, remover a lei ou depreciá-la, pois ela permanece necessária não somente para nos convencer de que somos pecadores, que não temos como nos justificar diante de Deus, como também a nos indicar o que é esperado de nossa obediência a Ele.

Não podemos ser justificados pela lei, mas podemos, devemos, e somos muito ajudados por ela para que sejamos conduzidos à convicção de nossa total e real necessidade de um Salvador.

 

"Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei." [Rm 3: 28]

A lei é espiritual e o homem é carnal, ou seja, ele não é perfeitamente santo e espiritual, que seria a única forma de ser justificado pela lei, e isto em todos os dias de sua existência.

A própria lei o condena por causa do princípio ou lei do pecado que ainda atua mesmo nos crentes, mas Cristo livra o crente da condenação da lei, por meio da fé nEle, porque se fez maldição no nosso lugar.

O ato de permanecer na Videira, que é Cristo, é feito principalmente por meio de uma mente espiritualmente renovada. Somente aqueles que têm se esforçado para alcançar e manter uma mente espiritual podem se regozijar em estarem unidos ao Senhor em um só espírito, possuindo a mente de Cristo, discernindo e fazendo Sua vontade, e alimentando-se continuamente das palavras de vida eterna que encontram nEle, na meditação e prática prazerosa diária, que fazem da Sua Palavra revelada na Bíblia.

 

"Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios." [Rm 5: 6]

Em que éramos fracos?

Dentre muitas coisas; para vencer o pecado, o diabo, o mundo, e cumprir nossos deveres para com Deus, de sermos santos, de orarmos, de O adorarmos, e obedecer a Ele em toda a Sua vontade - mas, desde que Cristo morreu por nós podemos ser fortificados e capacitados por Ele, para cumprir todos os deveres anteriormente citados.

 

"17 Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo.

18 Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida.

19 Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos.

20 Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça,

21 a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor." [Rm 5: 17-21]

 

A morte entrou no mundo em razão do pecado original de Adão, que sujeitou não somente a ele, mas também toda a sua descendência.

Caso o problema do pecado não seja resolvido para cada pessoa, por meio da fé em Jesus, a consequência é a de se estar sobre três tipos de morte:

. a espiritual, em todo o tempo da existência (lembrando que o espírito não pode ser extinto, ou aniquilado);

. a física, em determinado ponto da existência terrena;

. e a morte eterna, a partir da morte física, por toda a eternidade.

Mas, estando em Cristo, há o livramento da morte eterna, e a espiritual é revertida para vida espiritual, que fica sujeita a morte espiritual por causa de pecados atuais não confessados e abandonados, mas pode haver retorno à condição de vida espiritual pela confissão e arrependimento.

Entenda-se que a morte espiritual não significa aniquilação do espírito, pois este não pode deixar de existir, mas o enfraquecimento e perda de vigor espiritual pelo crente, tornando-o incapacitado para o cumprimento de seus deveres para com Deus, de oração, exercício de fé, adoração, comunhão, etc.

 

No caso de morte física do crente, ele tem a promessa da ressurreição do seu corpo em corpo glorificado, no dia em que Jesus vier para arrebatar a Sua igreja.

Após a morte física do crente, ele entra na plenitude da vida eterna que está em Jesus - e somente por causa da graça e justiça de Jesus, que o crente tem a promessa e o cumprimento pleno desta vida abundante que Ele adquiriu para nós, na obra que consumou em nosso favor.

 

 

 

Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 17/12/2021
Reeditado em 22/03/2022
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