Amós 8

 




A Palavra do Senhor é cura e vida para o Seu povo, todavia Israel havia desprezado a Palavra a tal ponto, que se encontrava morto em delitos e pecados. Como tinham prosperidade material e saúde física, desprezavam a Palavra de Deus, e se entregavam à prática da iniquidade e da idolatria.
Mas, quando fossem levados para o cativeiro, e ficassem muito longe de Jerusalém, onde se encontravam os sacerdotes e levitas do Senhor, eles teriam fome e sede da Palavra verdadeira para que fossem curados, mas não a achariam.
[v 11, 12]
 
O mesmo ocorre ainda hoje, quando igrejas inteiras ficam desoladas sem a presença do Senhor e sujeitas aos Seus juízos por desprezarem a Sua Palavra, e um viver segundo a mesma Palavra. E, nem sempre quando se esforçam para voltar aos caminhos do Senhor, conseguem achar a verdadeira Palavra disponível a eles, com a capacidade de discerni-la e entendê-la, porque andaram muito tempo endurecidos ao Espírito e à disciplina do Senhor, pela rejeição da aplicação da Palavra às suas próprias vidas.
Israel seria banido da presença do Senhor para não mais ser povo; isto de fato ocorreu, porque Judá iria para o cativeiro somente mais de um século depois deles terem sido dispersados pela Assíria, mas a Judá seria dado ser de novo restaurada em sua própria terra.
 
Os israelitas do Reino do Norte haviam se tornado como as demais nações pagãs, de tanto que haviam se afastado de Deus e da Sua Palavra.
Os mandamentos do Senhor eram um estorvo para eles -  estavam maduros de podres e não podiam enxergar sua real condição perante o Senhor, porém Ele revelou a Amós em visão tal condição, ao lhe mostrar um cesto cheio com frutos de verão.
Os frutos estavam no cesto, porque estavam maduros, portanto haviam sido colhidos; de igual modo, Israel estava maduro para ser colhido pelo juízo de Deus, o que seria inevitável.
Tal amadurecimento, estava comprovado por suas más obras, do mesmo modo que podemos observar quais são as características de um fruto que está maduro.

Eles pensavam que o Senhor jamais os julgaria, e suspenderia qualquer juízo mais severo contra eles, porque afinal, haviam vivido durante dois séculos na mais grosseira idolatria, e continuavam prosperando em sua própria terra, contudo se esqueciam que usaram toda a benignidade que o Senhor lhes concedera, para prosperarem e multiplicarem ídolos; e não para servi-Lo com um coração reto.
Então, com a visão dos frutos maduros, o profeta lhes revelaria da parte do Senhor que o final deles havia chegado, tal como se espera por um período para que os frutos amadureçam; do mesmo modo o Senhor havia agido com eles, por causa da Sua longanimidade.
Não foi por terem prosperado materialmente por tanto tempo, que deveriam se sentir seguros, porque enquanto isto, a iniquidade estava aumentando e lhes amadurecendo para o juízo de Deus. E, assim que o juízo fosse consumado, o Senhor disse que, jamais tornaria a passar por eles novamente, ou seja, deixariam de ser povo, e seriam entregues por Ele, ao poder dos assírios para serem destruídos.
 
Deus poria um fim aos cânticos e sacrifícios deles em honra aos bezerros de ouro. Aquelas canções profanas não subiriam mais aos ouvidos santos do Senhor. Então, em vez de cânticos de alegria carnal, eles entoariam lamentações.
Quantos louvores profanos de uma alegria carnal são oferecidos em nome de Deus, mas Ele não pode suportá-los, porque não há nenhuma santidade, tanto nos cânticos quanto naqueles que cantam.
Seus templos profanos seriam destruídos e eles dariam uivos de dor; tantos seriam os mortos que não haveria dinheiro que pudesse lhes garantir um funeral digno, e muitos temeriam se aproximar de seus cadáveres para não serem infectados por eles.
 
Deus poria um fim na ganância dos israelitas que só pensavam em obter lucro injusto, a ponto de venderem seus próprios irmãos como escravos, aborrecendo o dia de sábado e das festas fixas, como a da lua nova, em que era proibido comerciar em Israel, porque eles não tinham o mínimo apreço pela Lei do Senhor, e só pensavam em seus próprios negócios, pois se sentissem de alguma maneira prejudicados por algum mandamento do Senhor, eles certamente o transgrediriam para não diminuírem os seus lucros.
Eles não tinham nenhuma reverência para com o Senhor e Seus mandamentos, pois estavam preocupados somente em comerciar, mas se aplicavam a um comércio injusto usando pesos falsos, que eram proibidos pela lei, vendendo escória de trigo ao mesmo preço do bom grão.
Não passavam de uma sociedade de desonestos e ladrões.
Para aumentarem rapidamente suas riquezas roubavam os pobres; essas riquezas que são adquiridas à custa da ruína dos pobres trarão por fim, ruína sobre aqueles que as adquiriram de tal forma; por isso o Senhor os apanharia de surpresa, num dia que seria de intensas trevas para eles, e não de alegria.

Ele visitaria com um terrível castigo as suas más obras, e o Senhor o fizera de fato; é surpreendente como os homens não aprendem de todos estes exemplos que Deus fixou para advertir o ímpio, a se desviar dos seus maus caminhos.
Eles seguem na prática da injustiça, como se nenhum juízo da parte de Deus lhes sobrevirá.
Na verdade, a maioria deles nem sequer crê na existência de Deus, muito menos que Ele esteja interessado em julgar as más obras dos homens no dia do Grande Juízo Final, ainda por vir.

Este foi o erro de Israel, e pagaram o preço no momento determinado pelo Senhor; de igual modo, todos os que habitam sobre a terra haverão de enfrentá-Lo em juízo, por causa das suas más obras; assim como aqueles israelitas que juravam pelo ídolo de Samaria dizendo, que o deus deles vivia em Dã, e caíram, para não se levantarem jamais, porque lá era um dos lugares em que havia um dos bezerros de ouro, os quais diziam também, que era certo que o culto de Berseba viveria, isto é, duraria para sempre.

os que, agora, juram pelo ídolo de Samaria e dizem: Como é certo viver o teu deus, ó Dã! E: Como é certo viver o culto de Berseba! Esses mesmos cairão e não se levantarão jamais”. 
[Amós 8: 14]

 

Toda falsa adoração será castigada e exterminada pelo Senhor, e somente Ele e o seu culto existirão por toda a eternidade.

Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 02/10/2021
Reeditado em 28/10/2023
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