Vigia-te! És, tão somente, um infante aprendiz!
Vista-te de realeza com o prisma da sabedoria, a inteligência apenas, leva-te à uma culposa soberba, a uma pseudo supremacia.
Outrora, anciãos e escribas protagonizaram intervenções, hoje, taxadas de absurdas, porém, os mesmissimos erros em demasia se repetem, por outro lado, não cabe a ti o julgamento, mas, na humildade, o eterno aprendizado.
Não te levam a nada as parcas e vagas inteligências e experiências, são-te necessárias, mas na verdade, inconsequentes, ser-te-ão visgos, vertigens, ilusões, arapucas… podem levar-te a uma espécie de autismo, ou cegar-te a ponto de ingressar-te na beira do inócuo, na nefasta incredulidade, tal qual São Tomé, ante o resplandecente e magnífico Perispírito do Cristo ressuscitado… Duvidar não é errado, o que não deves, é crer apenas no que vês ou tocas.
Quanto mais inteligente és, mais volta-te ao cientificismo e descartas as possibilidades, e, por sinal, não desvendas mistério algum, apenas comprovas o que sempre existiu, restringes a capacidade da fé, negas as divinas providências.
Ala-te, mas com as envergaduras dotadas de virtudes morais!
Busque e internalize o profundo conhecimento da alma humana e os seus reais desígnios! No entanto, não serão perfeitas as tuas asas da moral, sem que as untes na sublimidade da ética, eis que aí sim, o teu juízo inicia a transcendência...
O ser total está sendo ainda forjado no cadinho do tempo, um dia descobrir-te-ás anjo, ante um espelho projetado pela luminescência da tua aura, oriundo da tua incorruptível consciência.
Jamais voarás apenas com a asa da direita ou da esquerda, voarás com as asas da sensatez… pousarás na maciez das tuas felizes escolhas... e assim, um dia, planarás na tua leveza por um céu a ti favorável e não baterás mais as asas, pois o teu, já evoluído pensamento, o teletransportará, por infindas aventuras, por incontáveis orbes, palcos de todas as espécies de existências...