As Duas Faces da Morte II

 


 

 

Não sabíamos que seríamos gerados, mas fomos. Os que nascem de novo do Espírito, sequer sabiam que haviam sido escolhidos para isto.

Muitos também entre estes, não sabem que o dia da sua morte é a porta de entrada para uma vida perfeita, plena e eterna, apesar de não desejarem morrer ou mesmo temerem a morte.

Não importa o que sintam, a verdade da vida eterna em Cristo os alcançou, e não será retirada deles independentemente do que sintam.
 

Em seu grande plano eterno e sabedoria, Deus determinou que pela morte, gerações sucessivas poderiam habitar na Terra, e assim, uma renovação poderia ser obtida, em vez de estagnação, especialmente de posicionamentos e tradições inadequadas e perniciosas resultantes da natureza pecaminosa humana.
Como há uma resistência natural no pecador em vir a se converter a Deus, pelo temor da morte e desejo de vencê-la, alcançando a vida eterna no espírito, muitos são os que se voltam para Cristo e creem nEle para que sejam salvos, e assim, uns dos propósitos de Deus com a morte, também é alcançado, em um mundo em que todos se tornaram pecadores por causa do pecado original de Adão.

O desejo de Deus é que o ímpio se converta e viva, pois não tem prazer na morte espiritual e eterna de ninguém.
A vida do homem na Terra é como a dos peixes no mar, que são recolhidos pela rede de pesca divina, sendo que apenas os bons são mantidos no cesto divino para a vida eterna, e os demais devolvidos ao mar da vida natural, sem chegarem a virem participar da vida que é celestial, espiritual e eterna.

 

É como o trigo, que recolhido ao celeiro divino, e a palha que que é reunida e queimada em fogo inextinguível.
Estiveram juntos por um tempo, para afinal serem separados.
Esta é a realidade e o significado de se viver aqui como homens e mulheres. É apenas por um breve tempo, para se decidir qual será afinal,  o destino eterno de cada um deles.
Agora, nem o peixe e nem o trigo eram bons por natureza, não possuíam qualquer qualificação pessoal própria que os habilitasse para tal bem-aventurança eterna.

Qual foi pois o critério usado por Deus para a sua eleição?
A fé que tiveram em Jesus Cristo para ser o Senhor e Salvador deles, e realizar neles o trabalho de transformação necessário por lhes conceder uma nova natureza espiritual, celestial e divina, pela qual seriam encontrados empenhados nos assuntos e interesses do Reino dos céus.
Isto pode ser visto claramente, nas parábolas das Dez Virgens e na dos Talentos.
Os que foram preservados e salvos, e achados em condições dignas de recepcionarem Jesus na Sua volta não foram os que nunca dormiram, pois as virgens prudentes também dormiram tanto quanto as imprudentes, mas tinham o óleo do Espírito Santo em suas lâmpadas, que lhes dando a conversão de suas almas, permitiu-lhes irem ao encontro do noivo, enquanto as demais, por não terem azeite, foram deixadas do lado de fora, sendo-lhes dito pelo Senhor, que não as conhecia.

No caso dos talentos, os que os aplicaram, demonstraram que levavam a sério os assuntos do reino de Deus e investiram nele, e ainda que não tivessem obtido resultados, além da proporção que haviam recebido, foram aprovados por esta evidência de que amavam o Senhor e a Sua obra.
Já o que foi lançado nas trevas exteriores, onde há choro e ranger de dentes, sequer aplicou o único talento que recebeu para a salvação da sua própria alma, crendo no Senhor e o amando.
Antes desconfiava dele, que era muito rigoroso, de modo que sequer pensou em deixar o talento em um banco, mas o enterrou para que lhe devolvesse em Sua volta, pensando que assim não poderia ser acusado de desperdício e desonestidade.

Ele não se converteu por sua visão amargurada de Cristo, e veio a perder a sua alma.

 

 

Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 13/04/2019
Reeditado em 17/12/2023
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