Boas Obras, Serviço e Trabalho

A vida cristã não consiste em mera contemplação espiritual das belezas de Cristo, mas também em servir a Deus e ao próximo.

É sobretudo no exercício do ministério que recebemos da parte de Deus para cumprir, que crescemos na graça e no conhecimento de Jesus.

O bom soldado cristão é feito no campo de batalha, e não meramente nas salas de treinamento das igrejas e seminários.

O serviço deve ser segundo a esfera de atuação que nos foi demarcada pelo Senhor, tanto no que se refere ao tipo de serviço que deve ser realizado, quanto à (s) área (s) geográfica (s) demarcada (s) por Ele para a nossa atuação, de modo que não labutemos em campo alheio; cuidado este, que a propósito, sempre esteve bem presente no apóstolo Paulo.

“3 Porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não tenha de si mesmo mais alto conceito do que convém; mas que pense de si sobriamente, conforme a medida da fé que Deus, repartiu a cada um.

4 Pois assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma função,

5 assim nós, embora muitos, somos um só corpo em Cristo, e individualmente membros uns dos outros.

6 De modo que, tendo diferentes dons segundo a graça que nos foi dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé;

7 se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino;

8 ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com zelo; o que usa de misericórdia, com alegria.” (Romanos 12.3-8)

Todos os crentes possuem portanto, pelo menos um ministério, ou seja, um serviço específico para o qual recebeu dons e capacitações de Deus para o seu exercício.

Mas, para o propósito de formar e edificar a Igreja, sobretudo para confirmar os crentes na fé e na sã doutrina, Deus levanta ministérios especiais para tal propósito, dentre o corpo geral de crentes:

“11 E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres,

12 tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;

13 até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo;

14 para que não mais sejamos meninos, inconstantes, levados ao redor por todo vento de doutrina, pela fraudulência dos homens, pela astúcia tendente à maquinação do erro;

15 antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,

16 do qual o corpo inteiro bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, efetua o seu crescimento para edificação de si mesmo em amor.” (Efésios 4.11-16).

Agora, Deus não somente define qual é o nosso ministério como também determina o modo como ele deve ser realizado, a saber, no Espírito Santo, e com todo o fervor espiritual e amor; devendo haver uma justa cooperação entre todos os membros do corpo de Cristo em cada congregação local.

Mas o ministério do crente não está limitado ao ofício que exerce na igreja em que congrega, pois a sua vida deve ser de serviço em todas as áreas em que atue. Por exemplo, o primeiro e grande ministério de uma mulher casada é o de servir seu marido e filhos, educando seus filhos pelo exemplo e pela palavra para que venham a se tornar homens e mulheres de Deus.

Os maridos têm sobretudo o dever de amarem e proverem para suas respectivas esposas e filhos.

Os que servem em atividades remuneradas devem em tudo dar bom testemunho de honestidade e boas obras.

E em todas as ocasiões em que formos chamados a servir ao próximo, devemos fazê-lo não como para homens, mas como para o próprio Senhor.

Na verdade, tudo o que fazemos deve ser como para o Senhor, porque com isto se evita que se faça alguma coisa por motivo interesseiro, ou para bajulação e subserviência a homens.

Na verdade, todo o nosso trabalho e tudo o que somos ou fazemos deve ser para a glória de Deus, e Ele será glorificado somente caso o que façamos seja pelo poder da Sua própria graça, conforme testemunho do apóstolo Paulo acerca do seu ministério:

“Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus que está comigo.” (I Corintos 15.10)

Devemos ter a mesma humildade do apóstolo, reconhecendo que nada podemos fazer sem o Senhor, de modo que não somos salvos (justificados, regenerados e santificados) por causa de nossas boas obras, mas exclusivamente pela graça de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual somos chamados agora a praticar as boas obras de justiça do evangelho, que foram preparadas de antemão por Deus para que andássemos nelas.

O propósito e o resultado da liberdade que recebemos em Cristo é para o serviço.

Nós vemos isto de modo muito claro na Parábola dos Talentos.

O Senhor afirma que aquele que tem receberá mais, e o que não tem até o que tem lhe será tirado.

Ele ensina claramente que Deus é glorificado se dermos muitos frutos para Ele, pelas boas obras que os homens virem sendo realizadas por nós em Seu nome, e com isso serão levados a glorificá-lo.

Você pode ler os versículos bíblicos contendo destacadas as palavras do original grego,

1 – diakoneo - servir, ministrar;

2 – kopiao – trabalhar;

3 - ergon – trabalho, obra; relativas ao assunto, acessando o seguinte link:

http://www.escrita.com.br/escrita/leitura.asp?Texto_ID=33526

Pr Silvio Dutra

Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 29/09/2015
Código do texto: T5398191
Classificação de conteúdo: seguro