Amor à Palavra de Deus

A Palavra de Deus deve ser exibida exteriormente. Mas isto deve partir do fundo do nosso coração, voluntariamente, por amar ao Senhor e à Sua Palavra, pois se diz que Ele deve ser amado de todo o coração, de toda a alma e de todas as nossas forças.

É estando primeiro no coração que a Palavra de Deus deve ser exposta e ensinada, a começar da nossa própria casa, aos nossos filhos, e isto em todo o tempo, quer estando em casa, quer andando pelo caminho, e desde o acordar até a hora de dormir.

É por se conhecer, amar e obedecer esta Palavra que temos a manifestação da vida de Deus em nossa vida, portanto é preciso meditar nela em todo o tempo, ainda que tenhamos para isso que escrevê-la na nossa mão e nos umbrais e nas portas de nossas casas, para que a tenhamos sempre diante dos nossos olhos, se não a temos em grande disponibilidade em escritos, assim como os israelitas não os possuíam nos dias de Moisés.

Ela deve ser assim exposta por nós, porque não nos foi dada para que a represemos, senão que declaremos a todos ao nosso redor o nosso amor pelo Senhor e pela Sua Palavra, expondo-o a eles, sem qualquer reserva ou vergonha em nossos corações.

Afinal, o grande mandamento da lei é o amor a Deus.

Desta forma, deve ser um prazer nos agradarmos em todos os Seus atributos, e termos nEle todo a nossa alegria, e ser inteiramente dependentes dEle, falando com Ele e O servindo em todo o tempo.

Fomos criados para amá-lo como nosso Pai e o melhor dos amigos. Nós temos que amá-lo não somente de língua, mas de verdade, com grande fervor e afeto.

Mas este amor deve ser baseado na obediência da Palavra, na qual devemos meditar em todo o tempo, para que nossa alma possa ser impressionada por ela.

Para isto é preciso também vigiar em todo o tempo, segundo a determinação de cumprir os mandamentos do Senhor.

Daí o conselho de Paulo a Timóteo:

“Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.” (I Tim 4.16).

Deus tem considerado a diligência em cumprir a Sua Palavra, como sendo o cumprimento propriamente dito.

Então daí ter afirmado, que o viver seria por se guardar os Seus mandamentos, para que ninguém se iluda que pertence a Ele, sem amar e guardar a Sua Palavra.

Então a justificação será sempre pela graça, mediante a fé, mas os que são justificados, tal como Abraão, evidenciarão esta justificação, pela prática das obras de Abraão, que estão baseadas no cumprimento da Palavra do Senhor.

Então, ser justificado pela lei sem a graça e a fé, é uma impossibilidade para o pecador, por causa da sua natureza carnal, pecaminosa, porque o único modo de se confirmar o que é exigido pela lei é mediante a fé, porque é mediante a fé que se obtém um novo coração, segundo o coração de Deus, capaz de fazer a Sua vontade (Rm 3.31), por conseguinte, capaz de atender às exigências da Sua lei.

Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 27/12/2014
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