Fugir de Escândalos 1

João Calvino

 

"Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar".  Mt 18: 6
"Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo"!   Mt 18: 7
"Portanto, se a tua mão ou o teu pé te faz tropeçar, corta-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida manco ou aleijado do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno".  Mt 18: 8
"Se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida com um só dos teus olhos do que, tendo dois, seres lançado no inferno de fogo".  Mt 18: 9
"Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus anjos nos céus veem incessantemente a face de meu Pai celeste".  Mt 18:10
 
"E quem fizer tropeçar a um destes pequeninos crentes, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse lançado no mar". Mc 9:42
"E, se tua mão te faz tropeçar, corta-a; pois é melhor entrares maneta na vida do que, tendo as duas mãos, ires para o inferno, para o fogo inextinguível"  Mc 9: 43
"onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga".  Mc 9: 44
"E, se teu pé te faz tropeçar, corta-o; é melhor entrares na vida aleijado do que, tendo os dois pés, seres lançado no inferno." Mc 9: 45
"onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga".  Mc 9: 46
" E, se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o; é melhor entrares no reino de Deus com um só dos teus olhos do que, tendo os dois seres lançado no inferno",  Mc 9: 47
"onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga".   Mc 9: 48
 
"Disse Jesus a seus discípulos: É inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual eles vêm"! Lc 17: 1
"Melhor fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e fosse atirado no mar, do que fazer tropeçar a um destes pequeninos".   Lc 17: 2
  
“Mas qualquer que escandalizar um destes pequeninos”. Mt 18:6

Isto parece ser adicionado para a consolação dos piedosos, para que não fiquem inquietos pela sua condição, se forem desprezados pelo mundo. Isto é um poderoso obstáculo ao exercício voluntário de modéstia, quando são assim expostos ao desprezo; e é difícil de ser tratado não somente com desdém, mas quase pisados, por homens altivos.

Cristo encoraja seus discípulos pela consoladora verdade que, se a sua condição lhes torna alvo dos insultos do mundo, Deus, no entanto não os despreza.
Mas, ele parece ter tido igualmente um outro objetivo em vista; porque uma disputa tinha surgido entre os discípulos quanto ao primeiro lugar de honra, do que poderia naturalmente ter sido inferido que os apóstolos haviam sido contaminados com ambição pecaminosa.

 

Cada homem que pensa muito bem de si mesmo, ou deseja ser preferido aos outros, tratará, necessariamente, seus irmãos com desdém.

Para curar esta doença, Cristo ameaça com um terrível castigo, se algum homem em seu orgulho derrubar aqueles que são oprimidos pela pobreza, ou que no coração já se encontram humilhados.
Sob a palavra escândalo (ofensa), Ele inclui mais do que se lhes houvesse proibido de desprezarem seus irmãos; embora o homem que não tenha nenhuma relação com ofender os fracos, age assim por nenhuma outra razão, senão porque ele não lhes dá a honra a que têm direito.

Agora, como há vários tipos de escândalos, será apropriado explicar o que geralmente se entende por escândalo (ofensa).

Se alguém por culpa nossa tropeça, ou apostata do curso direito, ou retarda o mesmo, diz-se que foi escandalizado.

 

Todo aquele que deseja escapar desse castigo terrível que Cristo afirma, que não estique a mão contra os pequenos que são desprezados pelo mundo, e que lhes deixem gentilmente seguir e manter o caminho do dever; porque Cristo os recomenda para a nossa advertência; para que eles possam nos levar a exercer a humildade; como Paulo ordena aos filhos de Deus que condescendam com as pessoas de baixa condição (Rm 12: 16), e diz mais uma vez que não devemos agradar a nós mesmos. (Rm 15: 1)
Pendurar uma pedra de moinho ao pescoço de um homem, e afogá-lo no mar, era o castigo contado como o mais terrível, e que era infligido aos malfeitores mais atrozes.

Quando nosso Senhor faz alusão a esta punição, somos capazes de perceber quão caras e preciosas são então, as pessoas à vista de Deus, que são aos olhos do mundo consideradas de condição baixa e desprezíveis.


 
Traduzido e adaptado por Silvio Dutra

 

 

 

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João Calvino
Enviado por Silvio Dutra Alves em 27/08/2014
Reeditado em 01/12/2023
Código do texto: T4939108
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