Comentário de Filipenses 3.7
“Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo.” (Filipenses 3.7)
Por João Calvino
“Mas o que, para mim era lucro”. Ele diz que essas coisas eram lucro para ele, porque a ignorância de Cristo é a única razão pela qual ficamos inchados com uma vã confiança. Assim, onde vemos uma falsa estimativa de alguém quanto à sua própria excelência, onde vemos a arrogância, onde vemos o orgulho, podemos ter a certeza de que Cristo não é conhecido. Por outro lado, tão logo Cristo resplandeça, todas aquelas coisas que antes deslumbravam nossos olhos com um esplendor falso, instantaneamente desaparecem, ou pelo menos não são mais estimadas. Essas coisas, portanto, que tinham sido lucro para Paulo quando ele era ainda cego, ou melhor, que impunham sobre ele uma aparência de ganho, ele reconhece ter sido perda para ele, quando ele foi iluminado. Por que perda? Porque elas eram tropeços no caminho da sua vinda a Cristo. O que é mais doloroso do que qualquer coisa que nos impeça de nos aproximarmos de Cristo? Agora ele fala principalmente de sua justiça própria, porque não somos recebidos por Cristo, a não ser estando nus e vazios de nossa própria justiça. Paulo, por conseguinte, reconhece que nada era tão prejudicial a ele como sua própria justiça, na medida em que ele era por meio dela excluído de Cristo.
Traduzido e adaptado por Silvio Dutra.
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