A Obediência que É Santa
Todo ato da vontade e toda a obra de um homem é sempre para um determinado fim. Duas coisas, portanto, devem ser consideradas em toda a nossa obediência a deveres religiosos: (1) O dever que praticamos, e (2) O fim para o qual o fazemos.
Se qualquer hábito, portanto, não inclina e dispõe a vontade para o fim adequado do dever, ele não será do tipo de onde a verdadeira obediência ao evangelho procede. Porque o fim de cada ato de obediência ao evangelho, é sempre para glória de Deus em Jesus Cristo. Tomemos então, todos os hábitos de virtude moral, e concluiremos, que no entanto eles possam inclinar e dispor a vontade para os tais atos de virtude como deveres de obediência, todavia é possível que não sejam no que diz respeito a este fim de serem para a exclusiva glória de Deus.
Assim, é possível praticar atos virtuosos sem que sejam impulsionados pelo princípio vivo de santidade, pois este princípio, ou inclinação, sempre procede da nova criatura em Cristo Jesus, e não da nossa própria natureza terrena.
A santificação consiste na entrega das nossas almas ao molde da doutrina do evangelho.
Texto extraído do tratado de John Owen, intitulado A Obra Positiva do Espírito na Santificação dos Crentes, traduzido e adaptado pelo Pr Silvio Dutra.
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