Santificação
Por Jonathan Edwards
O fim supremo da bondade dos agentes morais é a glória de Deus.
As Escrituras se referem à glória de Deus como o seu fim supremo na bondade da parte moral da criação; e tal fim serve de parâmetro maior para o valor da sua virtude.
Como está escrito em Filipenses 1.10,11: "Para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo, cheios do fruto de justiça, o qual é mediante Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus". Aqui, o apóstolo mostra como os frutos da justiça nesses agentes são valiosos, e como cumprem o seu fim, ou seja, ao serem, "mediante Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus". João 15.8: "Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto", significando que esse é o meio pelo qual o grande fim da religião deve ser cumprido. E, em 1 Pedro 4.11,o apóstolo orienta os cristãos a usar esse fim como referência para todos os seus atos religiosos: "Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!".
E, ocasionalmente, a adoção e a prática da verdadeira religião, o arrependimento dos pecados e a busca pela santidade são expressos como glorificação de Deus, como se fossem a síntese e o final de toda a questão. Apocalipse 11.13: "e morreram, nesse terremoto, sete mil pessoas, ao passo que as outras ficaram sobremodo aterrorizadas e deram glória ao Deus do céu". Apocalipse 14.6,7: "Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória", como se essa fosse a síntese e o fim da virtude e da religião, o grande objetivo ao se pregar o evangelho em toda parte ao redor do mundo. Apocalipse 16.9: "e nem se arrependeram para lhe darem glória". Isso equivale a dizer que não deixaram os seus pecados e não se voltaram para a verdadeira religião a fim de que Deus pudesse receber aquilo que é o grande fim visado por ele na religião que requer dos homens (Veja, também, SI 22.21 -23; Is 66.19; 24.15; 25.3; Jr 13.15,16; Dn 5.23; Rm 15.5,6.).
Assim como o exercício da verdadeira religião e da virtude pelos cristãos é expressado em síntese ao glorificarem a Deus, também quando se fala da boa influência destes sobre outros, é usada a mesma forma de expressão. Mateus 5.16: "Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus". 1 Pedro 2.12: "mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação".
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