A Luz do Mundo Espiritual e Divino


Em João 1.6-14, o apóstolo diz que João Batista havia sido enviado por Deus para dar testemunho da luz, não da sua luz, mas da fonte da verdadeira luz que é Cristo.
João Batista veio para testificar da luz, clamando no deserto para que todos cressem nAquele que é a luz e que é a única que pode iluminar a todo homem que chega à existência neste mundo.
Fora dEle há somente trevas e morte. Mas os que estão nEle encontram luz e vida.
Jesus criou o mundo, e se manifestou ao mundo, mas o mundo não pode conhecê-lo, senão aqueles que vêm para a Sua luz (Jo 1.10).
A nação de Israel se recusou a receber ao Senhor, conforme havia sido profetizado por Deus há séculos, mas todos aqueles que dentre os judeus, e todos os gentios, que O têm recebido, a estes Ele tem dado o poder de se tornarem  filhos de Deus, pela simples fé nEle, pela qual alcançam o arrependimento, a justificação, a regeneração, a santificação e a glorificação que são por meio dEle (v. 12).
Estes que são tornados filhos de Deus, foram regenerados pelo Espírito Santo, conforme a vontade de Deus em relação a eles, e não por nascimento natural (laços de sangue), nem da vontade da carne, nem da vontade do homem. Não foi por um planejamento dos desejos e nem da vontade da alma do homem que alguém é transformado num filho de Deus, mas pelo Seu exclusivo poder e vontade (v. 12, 13).
Foi para este propósito que Jesus (o Verbo) encarnou e veio a este mundo tendo habitado entre os homens, e manifestado aos seus discípulos a sua glória como Filho unigênito de Deus Pai, estando cheio de graça e de verdade.
Jesus não deixou de ser o Verbo e a Luz quando encarnou.
Muitos haviam permanecido no batismo de João e não avançaram, além disto, e assim não chegaram a conhecer a verdadeira luz da qual o próprio João veio dar testemunho, com a luz da fonte que é Cristo que ardeu no próprio João por um breve tempo, no seu curto ministério no deserto. João não era o Noivo, mas o amigo do Noivo. Não era o Príncipe, mas o seu precursor. Não era a luz, mas o reflexo da luz. O próprio João reconheceu que não era ele que deveria ser seguido, mas o Cristo do qual ele dava testemunho. 
De igual maneira, nós não devemos ser seguidores e adoradores dos ministros do evangelho, mas somente dAquele para o qual eles devem apontar, que é Cristo. Eles não são nossos senhores, e nem têm domínio sobre a nossa fé, mas são apenas ministros por meio de quem nós cremos porque deram testemunho da luz como mordomos na casa de Deus.
Ninguém deve se deixar conduzir por uma fé cega nos homens, por mais santos que eles sejam, porque não são eles aquela luz que veio ao mundo e pela qual os homens recebem uma nova vida de Deus, mas temos que dar atenção e receber o testemunho deles porque são enviados pelo próprio Deus como testemunhas da luz que dá vida aos homens. 
Se João Batista tivesse fingido ser ele próprio a luz, ele não teria sido uma testemunha fiel da luz de Jesus.
Esta única luz pela qual nosso entendimento é iluminado para compreender as realidades que são espirituais, celestiais e divinas, e mais do que compreendê-las, vivê-las em nossa própria experiência pessoal.
Por isso, sem comunhão com Cristo, sem participar da Sua vida divina, ficamos sem a fonte da única Luz pela qual podemos chegar ao conhecimento verdadeiro de Deus, da Sua pessoa e verdade.    
 
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 27/07/2014
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