Moisés, o Servo Fiel de Deus
Os sinais e maravilhas que Deus concedeu a Moisés para fazer no Egito, principalmente para convencer aos israelitas incrédulos, que estava sendo de fato enviado por Ele, foram exigidos por muitos judeus nos dias de Jesus para que Ele provasse que era de fato um enviado de Deus a eles, tal qual fora Moisés.
Os sinais que Deus concedeu a Moisés eram muito mais para fortalecer a fé do próprio Moisés do que para o convencimento do povo acerca da Sua pessoa, pois a verdadeira fé não se apóia na crença em sinais, mas no arrependimento sincero do coração, e no novo nascimento do Espírito, que nos transforma em novas criaturas.
De fato, não é meramente por meio de sinais que ocorrem conversões, ainda que estes possam contribuir para que elas ocorram.
Mas nunca será o sinal que converterá alguém, senão o arrependimento e a obra da graça no coração.
Tanto que o próprio Deus deu mais do que um sinal a Moisés para fazer no Egito e lhe disse o motivo disso: “Se eles não crerem, nem atenderem à evidência do primeiro sinal, talvez crerão na evidência do segundo. Se nem ainda crerem mediante estes dois sinais, nem te ouvirem a voz, tomarás das águas do rio, e as derramarás na terra seca; e as águas que do rio tomares tornar-se-ão em sangue sobre a terra.” (Êxodo 4.8,9).
Todavia, Deus não estava dando estes sinais naquela ocasião para produzirem conversões, senão para comprovar que Moisés havia de fato sido enviado por Ele para libertá-los do Egito.
O próprio Moisés não fora movido o tanto quanto deveria pelos sinais de poder que o Senhor fizera com ele no monte Sinai, pois continuava argumentando com Deus que não seria capaz de cumprir a tarefa que Ele lhe estava dando.
De fato, este Moisés relutante, cresceria na fé e no conhecimento de Deus, à medida que caminhasse com Ele, e é este o único modo de se conhecer verdadeiramente ao Senhor: é caminhando com Ele diariamente.
Nós veremos muita diferença no Moisés que estava com Deus no Sinai, do Moisés que a graça havia aperfeiçoado e que se encontrava à frente de Israel, como o grande líder daquela nação.
Não conseguimos ver nada do Moisés que esteve no Sinai com Deus apresentando-lhe toda sorte de justificativas para não ser enviado ao Egito, no Moisés que cumpriu fielmente o seu ministério, porque toda aquela auto-indulgência que ele havia demonstrado no Sinai chegou a um extremo que veio a despertar a ira de Deus contra ele, pois estava se apresentando como um entrave para o cumprimento do seu dever.
De igual modo, também nós, quando nos fixamos naquelas insuficiências que vemos em nós mesmos e deixamos de ser encorajados pela dependência exclusiva na graça de Deus, também corremos o mesmo risco de Lhe desagradar, porque não somos chamados a caminhar com Ele pelo nosso próprio poder e capacidade e pelo que vemos, senão por fé e dependendo inteiramente da Sua graça, pois Aquele que criou o homem pode dar ao homem aquilo que lhe falta, para que possa cumprir a Sua missão.
Além disso, Ele pode realizar os Seus propósitos através de nós, independentemente das nossas limitações.
Mas é importante observar a condescendência de Deus para com as nossas limitações, mesmo quando estas não são reais, mas pensamos que são, assim como foi o caso de Moisés, que se julgava inabilitado para a missão, pois o Senhor mesmo tomou a iniciativa de adequar aquela situação até que os olhos de Moisés fossem abertos para a sua capacidade de liderança, dando-lhe Aarão seu irmão para ser seu porta-voz.
O próprio Moisés viria depois a tomar a dianteira em tudo o que dizia respeito à liderança, quer no Egito, quer na caminhada com Israel no deserto, depois de terem sido libertados, mas a graça e a misericórdia de Deus o assistiram, dando-lhe as condições apropriadas para que pudesse despertar e cumprir integralmente a Sua missão.
Assim, importa sermos sensíveis como ministros de Deus, não impondo às pessoas encargos que elas não poderão cumprir sozinhas num dado período, até que venham a descobrir no futuro que podem andar por si mesmas, assistidas que são pela graça do Senhor.
Tendo sido definida a missão, será demandada agora várias mudanças na rotina da vida.
O trabalho de Deus não poderá ser feito sem que seja feita qualquer mudança nos nossos hábitos de vida.
O que estava dormindo terá que despertar, o que estava acomodado terá que se mover, o que estava sossegado terá que começar a se preocupar.
E Moisés preparou seu jumento, pegou a vara com a qual seriam feitos os sinais no Egito, e teve que sofrer a relutância de sua esposa, para que seu filho fosse circuncidado, e teve que deixar o conforto, e fazer no deserto, o caminho de volta que havia feito ao ter fugido do Egito.
Arão foi movido pelo Senhor para se encontrar com Moisés no deserto, e estes dois generais a serviço do Grande General que guerrearia no Egito reuniram os anciãos de Israel e além de lhes falarem das palavras de libertação, que lhes foram ordenadas pelo Senhor, fizeram na sua presença, os sinais que Deus havia designado para que cressem que eles haviam sido enviados por Ele com aquela missão. E creram, se inclinaram e adoraram a Deus, pelo fato de ter visto a aflição deles e ter-lhes prometido que seriam libertados.
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A Igreja tem testemunhado a redenção de Cristo juntamente com o Espírito Santo nestes 2.000 anos de Cristianismo.
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A Bíblia também revela as condições do tempo do fim quando Cristo inaugurará o Seu reino eterno de justiça ao retornar à Terra. Com isto se dará cumprimento ao propósito final relativo à nossa redenção.
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