Compreendendo o Significado da Nossa Existência Pela Perspectiva Correta

A compreensão do propósito para o qual fomos criados por Deus, e do verdadeiro significado de nossas vidas, depende de que o vejamos pela perspectiva correta, ou seja, pela do espírito eterno que nos foi dado, por termos sidos criados à Sua imagem e semelhança.

Assim, quando um ente querido morre podemos ficar cheios de saudade e até mesmo de tristeza pela ruptura momentânea da companhia que desfrutávamos aqui na Terra.

Porém, isto não significa de modo algum, para aqueles que atendem ao propósito da criação da humanidade por Deus, uma ruptura dos laços de amor e união, que são eternos, e prosseguirão portanto, pela eternidade afora, quando todos estivermos reunidos com Ele no céu.

Assim, juntamos às nossas saudades e tristezas a grande alegria e certeza da esperança de que a morte não passa na verdade de um até breve querido (a).

Seria cruel, se a existência de seres conscientes, que possuem o conhecimento do que seja a vida e a morte, se limitasse apenas ao curto período de vida que temos neste mundo. Mas, como amamos a um Deus que não é cruel, senão perfeito amor, podemos estar certos da Sua fidelidade em cumprir todas as boas promessas que nos fez por estarmos unidos a Jesus Cristo.

As tribulações e perdas que experimentamos deste outro lado do céu não são motivo para descrermos na bondade e amor do Senhor. Ao contrário, é justamente por meio delas que prova o Seu grande amor e misericórdia para conosco, porque em meio a elas, nos fortalece com a Sua graça e nos dá a certeza da Sua sempre presença conosco em toda e qualquer circunstância, e o melhor de tudo, faz com que nisto a nossa fé nEle seja aperfeiçoada, e o nosso caráter é melhorado a cada tentação e provação que são vencidas pelo poder de Jesus Cristo, que opera em nós por meio do Espírito Santo.

Nós podemos ver isto, por exemplo na vida do profeta Jeremias,que quando se encontrava ainda preso no pátio da guarda, por ordem do rei Zedequias, e mesmo ali, encarcerado, o Senhor continuou lhe dando as grandes e preciosas revelações e promessas relativas à Nova Aliança (Jeremias 33).

Ele encorajou o Seu profeta a não ficar intimidado pelas circunstâncias em que se encontrava, mas que continuasse na Sua presença, clamando a Ele, porque lhe responderia ao clamor e lhe anunciaria, ou seja, lhe revelaria as coisas grandes e ocultas relativas ao futuro glorioso do Seu povo, que Jeremias ainda não conhecia, e que não se cumpririam nos seus dias de vida na Terra.

Jerusalém estava sendo invadida pelos babilônios, mas o Senhor ainda faria com os judeus, no futuro, tudo o que está escrito a partir do verso 6, no qual afirma o seguinte:

“Eis que lhe trarei a ela saúde e cura, e os sararei, e lhes manifestarei abundância de paz e de segurança.” (v. 6)

Deus formou Israel para ser um povo santo, e Ele teria este povo santo, quando lhes desse o Messias, porque não somente faria com que voltassem do exílio em Babilônia, mas os edificaria, purificando-lhes de toda a iniquidade do seu pecado contra Ele, e perdoaria todas as suas iniquidades com que haviam pecado e transgredido contra Ele, conforme promessa que já havia feito através do profeta em Jer 31.27-34.

Jerusalém serviria então, conforme a vocação que lhe fora dada por Deus, de nome de júbilo, de louvor e de glória diante de todas as nações da terra, por verem todo o bem e paz que o Senhor daria ao Seu povo (Jer 33.9).

Uma demonstração desta bem-aventurança eterna, quando estivessem reunidos ao Messias, seria o fato de trazê-los de volta de Babilônia para a sua própria terra, na qual eles seriam alegrados novamente por Ele (v. 10 a 14).

E depois disto, ainda lhes daria o Rei justo prometido em Jer 23.5,6, pelo qual seria cumprida a promessa de inauguração de uma Nova Aliança com o Seu povo.

É importante lembrar que mesmo depois da volta dos judeus de Babilônia em 537. a. C, eles tiveram que esperar ainda 570 anos, até a morte e ressurreição de Jesus, quando foi finalmente inaugurada a Nova Aliança prometida.

Por isso o Senhor se referiu ao cumprimento desta promessa como sendo relativa a dias futuros, com a expressão “Eis que vêm os dias, diz o Senhor, em que cumprirei...”.

Ele chamou a Nova Aliança em Cristo, como sendo o cumprimento da boa promessa que havia dado a Israel e a Judá (v. 14). É boa palavra porque se refere à boa nova, ao evangelho, que é o Seu poder para salvar os que creem.

O enfoque da promessa da Nova Aliança não está no povo, mas no Renovo de justiça, que brotaria a Davi e que executaria juízo e justiça na Terra, porque é a Ele que o Pai tem dado o poder de julgar tanto a vivos quanto a mortos, como também de justificar os pecadores que se arrependem e que nEle creem.

É por isso que o povo que se acha debaixo do governo deste Rei justo será chamado pelo nome: O SENHOR É NOSSA JUSTIÇA. Porque é por causa da Sua justiça em nós que temos salvação e segurança eternas (v. 15,16), a saber a Sua justiça eterna e perfeita com a qual somos justificados.

É nele que se cumpriria a promessa feita por Deus a Davi no passado de que não lhe faltaria varão que se assentasse sobre o trono da casa de Israel, e que seria da sua descendência.

Este varão que nunca faltará a Davi, assentado em Seu trono, é Cristo (v. 17).

A segurança deste pacto firmado com Davi é eterna, do mesmo modo que ninguém pode fazer com que deixe de existir dia e noite (v. 20 a 26).

Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 21/06/2014
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