A tristeza de um final

Quando marcaram o dia do fim, tudo parecia ser surpreendentemente novo, sendo que o novo deixa uma profunda marca de início. As pessoas corriam aflitas, os motivos eram tantos que a própria cura parecia impossível. Bebidas e antigos dizeres eram exalados sem nenhum opositor.

Pegaram pelas mãos uma pequena adolescente e levaram os seus pais para longe da igreja, naturalmente o casamento não tinha aprovação e diante dos fatos, o importante era o prazer. Conduziram mendigos ao orfanato e idealizaram acabar com os orfanatos. Fizeram da vida uma razão para viver e dos sentidos uma loucura em nome do amor.

Depois de todos os animais prontos para uma partida triunfal, alguns tentaram desistir, mesmo sabendo que sempre é tarde para voltar atrás. As canções eram alternadas com risos e o sucesso não importava no alto processo de embriaguez. Queriam acabar com a amnésia alcoólica, ainda que não soubessem que na falta de lucidez diante das drogas, são outras drogas que precisam ser consumidas.

Uma mistura que para muitos era a ponte da queda e para outros significava uma fuga da realidade. Tudo nos braços e nada mais para ser alcançado, como se as brigas voltassem e o próprio processo de paz não fosse mais importante. Terminando com tudo para não restar um pingo de compaixão ao próprio ego.

Escritor Joacir Dal Sotto .'.

Joacir Dal Sotto
Enviado por Joacir Dal Sotto em 23/08/2015
Código do texto: T5356055
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