O segundo lugar.
Existem sentimentos que de tão conflitantes exacerbam o que há de pior por dentro.
Quando o controle já não é palpável e a escuridão te aprisiona mesmo contra seu movimento enérgico para não cair.
O orgulho se mistura com o medo da rejeição e aflora toda a sua fúria.
Fúria essa que você nem sabia existir.
De onde vem?
O coração pressionado pede providências pois se acostumou a jogar fora suas angústias.
A vida é melhor sem elas.
Mas seu lado humano se sobrepõe ao ensinamento tão demorado de não contaminar sua alma com assuntos tão banais, tão terrenos.
A vida é como andar de bicicleta: você sabe que pode cair, mas a felicidade de segurar no guidão e sentir o vento no rosto não te impedem de subir naquele banco.
Mas tudo tem limites para mais e para menos.
O respeito. A educação. O amor próprio e pelos outros.
Sinceridade não combina sempre com tudo.
Imagino o quão cansativo é se doar o tempo inteiro.
Sempre carregar alguém na garupa e na cestinha improvisada.
Embora existam pessoas que valham a pena independente do peso.
Será?
Com quem você aprendeu a se colocar em segundo lugar?
Independentemente de referenciais prévios ou futuros, a escolha é sua.
É questão de o que te faz mais bem: ser você mesmo que doa ou assumir uma postura rígida que te mata por dentro.
Pesa na balança agora e vê como estais mais leve.
Vomitar verdades ajuda. Atitudes então...
Ser coerente com seus próprios conceitos em busca da plenitude da felicidade.
Compensa mesmo?
Procurar algo que não pode ser achado e sim percebido?
Meros devaneios tolos de quem cerra os olhos agora com a esperança de amanhã ter solto o seu cadeado para andar livremente na magrela.
Correntes bobocas.