Vingança x perdão
(Meditação de Elul)
 
 

Sempre fui trigger happy - quer dizer, sempre pronta para responder fogo com fogo. Fez, levou. Os que sequestraram meus filhos foram desmascarados e perseguidos pela Justiça em mais de vinte países, em cinco continentes, devido à minha campanha contra eles. Até hoje os filhos deles me agradecem pela libertação. Quem me lesou ou traiu recebeu o troco.

Pois agora, frente ao ato terrorista que destruiu meu trabalho de 30 anos, e bem às portas de Elul, parei para pensar.
 
Como sempre, Israel é meu role model. Sempre tentando paz e levando na cabeça. Afinal, somos mestres no sentimento de culpa.
 
Então ficou a pergunta: Vale a pena tentar fazer paz com quem quer nos destruir? Vale a pena ser idiota dessa maneira? Por que Israel tenta a paz, quando os Salmos nos dizem para acabar com a raça de quem nos fere, sem misericórdia?
 
Esta foi minha primeira meditação de Elul, e compartilho aqui porque acho que pode ajudar alguém mais que esteja sendo atacado.
 
A resposta está na Torah - Deuteronômio 32:35: "A Mim pertence a vingança e a recompensa; os pés deles resvalarão no tempo determinado: pois o dia da sua calamidade está próximo, e o que cairá sobre eles chegará com rapidez." Sem falar no "Quem vos tocar, tocará na pupila do Meu olho".
 
Quando você se vinga, forma um círculo vicioso de violência. Se você deixa tudo nas mãos do Eterno, Ele o vingará, e o protegerá. Talvez haja paz, talvez não. Mas a mão do Eterno é infalível.

Contudo, há uma condição para que recebamos essa defesa infalível. Sabe qual é? Estar isento de culpa. Não ter sangue em suas mãos.
 
Mas quem está isento de culpa? Ninguém! E é aí que recebemos do Eterno a dádiva da Teshuvah - arrependimento, e depois da Selichah - o perdão, para nossas próprias faltas e falhas e erros. E o processo todo começa agora, em Elul, culminando em Iom Kippur.
 
E daí... Você está em boas mãos. A maior defesa do Universo é um coração limpo.

"Quando o caminho de um homem agrada a Hashem, até seus inimigos farão paz com ele" (Provérbios 16:7).

 

 
Dalva Agne Lynch
Enviado por Dalva Agne Lynch em 25/08/2017
Reeditado em 25/08/2017
Código do texto: T6094409
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