Desculpa
Desculpa se a minha realidade não tem asas purpurinicas.
Nem olhar mágico de sonhos e delírios.
Vivo uma realidade rasgada de absurdos.
Tomada de mormurio e medo, que freia a teoria.
Desculpa, desconfiar de tudo que seja muito fácil.
Desculpa, vivo num tempo feito de promessas e milagres vendidos em mídias.
O sonho que almejo é que sobrevivamos sem perder a dignidade e apalpando a realidade.
Acredito no esforço dentro da realidade, tenho medo da crueldade imaginária que impedem as flutuações melancólicas da alma.
Vejo uma solidão inspiradora cheia de paz, liberdade e leveza.
Vejo danças e sorrisos despreocupados de agrados.
Vejo a fé empurrando dias tão pesados.
E pergunto o que mais temos de nosso?