Desculpa

Desculpa se a minha realidade não tem asas purpurinicas.

Nem olhar mágico de sonhos e delírios.

Vivo uma realidade rasgada de absurdos.

Tomada de mormurio e medo, que freia a teoria.

Desculpa, desconfiar de tudo que seja muito fácil.

Desculpa, vivo num tempo feito de promessas e milagres vendidos em mídias.

O sonho que almejo é que sobrevivamos sem perder a dignidade e apalpando a realidade.

Acredito no esforço dentro da realidade, tenho medo da crueldade imaginária que impedem as flutuações melancólicas da alma.

Vejo uma solidão inspiradora cheia de paz, liberdade e leveza.

Vejo danças e sorrisos despreocupados de agrados.

Vejo a fé empurrando dias tão pesados.

E pergunto o que mais temos de nosso?

MARGARYDA BRITO
Enviado por MARGARYDA BRITO em 27/08/2019
Código do texto: T6730083
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