Minhas falas, meus equívocos
Há muito tempo, uma pessoa que me é cara me perguntou se era alguém decente.
Confesso que à época fui muito rude.
O tempo, porém, é sempre instrutor.
Hoje olho para velhas falas e me pego pensando em tantos equívocos.
Palavras soltas não voltam jamais, já as mágoas que causam podem durar a vida toda.
Não há justificativa para ações deliberadas que causam dor.
Não há explicação para a arrogância escancarada de quem se julga dono da verdade.
Meu pedido de perdão é o único bálsamo que me resta nesta fala tão sem sentido.
Respondendo com os olhos de hoje: sim, sempre houve decência, apenas a pergunta foi feita para a pessoa errada.
Fique em paz e perdoe quem acredita na própria ignorância.