Minhas falas, meus equívocos

Há muito tempo, uma pessoa que me é cara me perguntou se era alguém decente.

Confesso que à época fui muito rude.

O tempo, porém, é sempre instrutor.

Hoje olho para velhas falas e me pego pensando em tantos equívocos.

Palavras soltas não voltam jamais, já as mágoas que causam podem durar a vida toda.

Não há justificativa para ações deliberadas que causam dor.

Não há explicação para a arrogância escancarada de quem se julga dono da verdade.

Meu pedido de perdão é o único bálsamo que me resta nesta fala tão sem sentido.

Respondendo com os olhos de hoje: sim, sempre houve decência, apenas a pergunta foi feita para a pessoa errada.

Fique em paz e perdoe quem acredita na própria ignorância.

Edeni Mendes da Rocha
Enviado por Edeni Mendes da Rocha em 09/08/2012
Reeditado em 09/08/2012
Código do texto: T3821460
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