genérico-apócrifo para aniversários de poetas

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<um genérico para aniversários>

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é

o fonema que sai à rua à tarde,

pra ver se o sol arde,

ou

constatar que a noite desce,

e enfeita vias com ave-marias na hora do anjo.

é um dilema, um arqui-arranjo,

tailandês no japão soprando gaita e tocando banjo,

é o marmanjo,

é o malandro

que não dorme para ver se enriquece

é o seu n í v e r e m a

que precede quaisquer tentativas

de chegada ou de partida,

de se ter universos inteiros numa folha em branco logo_de_saída

é o shopping cheio, quando se está atrasado para o cinema

é o feminino na bela senhora, garota de ontem-ipanema

é a clássica próesia que ainda sobe em árvores, continua sadia

é um contra-esquema,

o que aprendeu a acentuar com agá,

driblando teclados desumanos

é a mais terna sinfonia dos altiplanos

é o seu melô de aniversário

é o que eu fiz mas não fiz,

é o que acabei mas não terminei,

é o que deixo pr'ocê pensar e concluir se quiser

este é o seu tema.

É o que aparenta que nasceu antes de vc

é o que não tive

é o que não te vê

um bem-te-vi

um quê e um não à cegueira da TV !

é o que não diz, falando: bom dia ( todo dia )

é um escrito com ph.D_outomestraduniverscientiphiprimário-préscolar

é o que comemora fogo, água, terra e ar

é o que não vai te reinventar

é onde não diz-se para_béns

mas deseja saúde

pois os bens principais

já os tens

compaixão,

sabedoria,

singeleza,

sensibilidade,

amor,

carinho,

beleza,

saudade,

firmeza,

resistência,

calma,

flexibilidade,

ordem,

prudência,

tolerância,

ânsia,

atitude

e viva aos seus, e ao Patativa do Assaré no som de Daúde.

Plácido Aus Santos
Enviado por Plácido Aus Santos em 30/12/2007
Reeditado em 21/09/2012
Código do texto: T796722
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