O prazer que edifica a vida

O PRAZER QUE EDIFICA A VIDA (Por Joacir Dal Sotto *)

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Eu sou apenas um garoto que ama e escreve, que bebe e por algumas vezes fuma. Não sigo todas as regras e as minhas regras são intransferíveis. Os meus exageros são aplaudidos por quem não consegue viver intensamente em nome de um sonho. Cansei de estar deitado na rua, apesar de nunca deixar do prazer ao alto de luxuosos apartamentos.

O beijo no escuro do cinema foi poucas vezes por meus lábios praticados, o que sempre gostei foi da profundidade revelada através dos corpos despidos. A noite começa na tarde, por estar na tarde um desejo ardente que dispensa comentários. Quando tudo estiver pesado, o sinal perfeito está em deixar o corpo flutuar pelo ar sem abismo. As palavras convencem, a tristeza é ignorância e a grandeza significa muito mais do que o primeiro lugar aos olhos sociais.

Por várias vezes tive vontade de explodir, mesmo diante canções de um jovem tão novo que agora está ficando antigo. Deixei do medo de transar, deixei da fraqueza de ser levado pelas drogas que curam o doente e edificam o poeta. Mesmo que eu fale de paz, está na guerra um doce prazer. Todos podem chegar além do fragmento do ego, sendo que no coletivo é possível propagar um nobre aniquilamento moral.

É possível que o meu corpo esteja no fundo da mais diferente solidão, o que não deixo é das mulheres que direcionam o meu coração para um grande amor. Das viagens que ainda não fiz é a pele negra que prende o meu namoro, é a pele branca que fica afastada dos arrepios que apenas eu consigo provocar. Fico encontrando nos exageros toda liberdade, fico dizendo para cada mulher que o amor está além do respeito, que o amor está em surpreender positivamente quem merece ser tratada como deusa. Nem quero mais rejuvenescer, a minha experiência já é o bastante para que o prazer não fique para mais tarde.

Ainda acontece comigo tudo o que acontece contigo minha flor, o amor sendo uma coisa boa é o bastante. Fico perdido, estou fascinado. A derrota fica para meus inimigos que não estão preparados para a tragédia, eu ironizo e sou a própria verdade que vira mentira. Deixo de todos para amar e amo para jamais deixar da vida.

* Escritor Joacir Dal Sotto, autor do livro "Curvas da Verdade" e colunista da página "Cura Mental e Espiritual 'Mestre Divino'".

Joacir Dal Sotto
Enviado por Joacir Dal Sotto em 02/04/2016
Código do texto: T5592785
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