A dor do amor sintetizado
A DOR DO AMOR SINTETIZADO (Por Joacir Dal Sotto *)
...
Estou amando como nunca amei antes, estou amando como penso nunca mais amar de tal maneira em um futuro, estou amando pelo simples ato de sintetizar minha vida no agora. Já cruzei oceanos em um estado de consciência que faz com que eu esqueça de mim mesmo, escrevo como se fosse dono da alma feminina e sou o poeta que todas desejam ao menos uma vez na vida. Sei que o amor é a certeza de segurar um agora sem ver o fim, apesar de que em minha solidão é possível sentir a dor nas profundezas de meu coração. Quando deixo de controlar tudo é uma triste sede de aniquilamento que fascina os meus pensamentos.
Quando o mundo puder ouvir tudo o que tenho para dizer é o meu eu que deixará de existir. Consigo abraçar o corpo inteiro de uma única mulher e a mulher que tanto quero fica fugindo de meu corpo, o problema é que não existe mulher que consiga sufocar o efeito doce de meus versos. A minha família está explodindo e eu sempre consegui respeitar até que todos os sonhos possam compensar o empenho daqueles que contribuem com meu progresso. Mesmo que não possam entender o meu toque ao anoitecer, é apenas vendo um novo dia ao meu lado que tudo poderá ser inesquecível.
Quando ficam carentes é eu que consigo compreender, quando ficam corajosas é eu que faço com que a jornada seja bela. Tudo poderá terminar em uma fração de segundos, tudo poderá começar através dos passos que eu direciono. A primeira pessoa que tanto falo é o mundo que existe ao nosso redor, a pessoa certa que apoio é a mulher mais linda que um homem poderia possuir. Um dia estarei livre e em minha liberdade será o meu espírito que irá bailar no ar.
Ainda falta um pedaço do mundo para que eu possa deixar o mundo, ainda falta um fragmento de sonho para que a minha realidade seja transformada. Eu sou o homem certo para uma mulher que use o amor como ponte, eu sou o homem errado para mulheres que desacreditam no amor. Talvez eu morra antes da vida começar, talvez eu tenha sido assassinado e em meu renascimento tudo é profundamente tentador. Deixei de tudo para aproveitar um único momento, quero tudo para que mesmo na queda possa surgir algo que ecoe nas almas aflitas, estas que acompanham a totalidade de meu ser.
* Escritor Joacir Dal Sotto, autor do livro "Curvas da Verdade" e colunista da página "Cura Mental e Espiritual 'Mestre Divino'".