O poder que se despedaça na falta de amor
O PODER QUE SE DESPEDAÇA NA FALTA DE AMOR (Por Joacir Dal Sotto *)
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A vida é muito maior que a aflição de não querer amar, talvez um não querer seja o próprio amor. Quando fugimos das coisas arriscadas é a parte principal dos sonhos que perde todo o sentido. Choramos nos braços de quem não confia em ninguém, somos comprados por uma migalha de capital. Parece que o futuro é apenas profissional, mesmo que a profissão seja um grande desgosto.
Em cada canto existe um sinal, em cada canto existe uma paixão. Somos maiores que o céu e a terra, somos maiores que o medo e o desconforto de dormirmos separados. A honestidade da mulher de campo é sempre tirada pelo velho coronel que envelhece ao lado de prostitutas. Mesmo faltando verdades na alma do poeta é o poeta que não deixa de atingir suas mulheres carentes.
O sol sempre se esconde atrás das nuvens para quem acredita em restaurar um relacionamento desgastado. Nada melhor e superior do que o novo para superar todas as feridas que já foram geradas. Claro que o grito além das correntes é parte daqueles que não são escravos, que não são senhores. A musicalidade está no jeito certo de confiar, no jeito certo de respeitar para ser respeitado.
A solidão da mulher tão linda que se acha velha é sempre mais triste, o casamento da mulher tão linda e honesta é sempre mais triste quando são dúvidas que surgem. Estar sem amor não alimenta o ego no campo profissional, estar com alguém que faz ameaças emocionais não é o caminho da alegria plena. Podemos justificar qualquer crime, o que não podemos é mostrar um riso seguro ao lado de alguém especial quando nos falta coragem. Talvez o trabalho seja realmente uma escravidão, é que o trabalho que nos impede de manter os desejos aflorados é uma farsa.
Uma verdade chega para cada mulher, alguns homens são arrogantes e acabam machucando muitas flores. É preciso muito mais do que os laços já criados, é preciso estar conectado com os laços enviados pelos anjos. O grande problema sempre esteve na falta de coragem, na falta de confiança. A mulher irá chorar até se despedaçar em uma tola fé, o poeta irá sorrir até se despedaçar na totalidade de seu poder.
* Escritor Joacir Dal Sotto, autor do livro "Curvas da Verdade" e colunista da página "Cura Mental e Espiritual 'Mestre Divino'".