O que era amor talvez não seja amor
O amor como metáfora não funcionava, como algo verdadeiro fazia sofrer. A saída era um amor que fosse valido por si mesmo, que representasse um momento que não poderia mais terminar. Enquanto que os sonhos eram feitos, não existia realidade e enquanto existia a realidade, era certo que um dia tudo iria terminar.
A medida exata estava na fé e para alguns não passava de ilusão todo o processo que distanciava o saber. Se reuniam sem saberem das razões e por alguma razão surgia a loucura quando era descoberta uma falta de saída. Contabilizavam nascimentos e pouco sabiam que a morte iria deixar muitos tristes.
Cantavam sem público e quando chegava o público, muito espanto era causado. Crianças choravam ao perceberem movimentos estranhos, ainda que os demônios fossem criados pelo senso adulto tão desgastado. Idosos sofriam de dores pelo corpo e na vida de jovens pouco penetraram no estado de superação.
Salvavam fracassados e a mão estendida aos fortes era tão rara, que apenas quando estendida tinha o retorno sem preço que é o próprio sentimento de gratidão. Estavam guardados para começarem uma vida, mesmo que a vida terminasse quando o reencontro fosse possível. Redistribuíam o que acreditavam ser correto, apesar de que quase todos estavam errados em relação ao indivíduo.
Se era amor não sabíamos e se é amor talvez já fique marcado no passado. O que passou não é mais amor e o que é amor um dia irá passar. Tudo o que está para chegar é amor e mesmo não chegando já vale pela jornada que naturalmente torna-se incomunicável.
Escritor Joacir Dal Sotto .'.
Cura Mental e Espiritual "Mestre Divino" .'.
Em breve o meu livro "Curvas da Verdade" pela editora Multifoco!