O amor que não era anunciado
Naquele tempo em que chovia e ninguém saia de casa, em que o amor acontecia e nem era anunciado. Quando o amor era ilusão e ao mesmo instante uma doce loucura. Ela chorava pelos cantos sem saber que estava no estado mais elevado de sua própria natureza.
As canções tão lindas surgiam poucas vezes e talvez estava no pouco aparecimento toda a beleza que encantava os olhos de quem passava. Na arte permaneciam poucos e o próprio povo estava ausente do acompanhamento depois da produção. A forma simples era estendida, enquanto que a forma complexa se interiorizava no coração dos mais nobres.
Uma linda senhora pensava em outras vidas, o problema é que nem podia fugir da vida presente. Tudo estava misturado e em todos os minutos nenhuma diferença tinha a necessidade de exclusão. Nas festas estava todo o ideal dos prazeres, sendo que todos os prazeres desapareceriam caso fossem um hábito diário.
O equilíbrio sempre desequilibrava e o desiquilíbrio era uma razão demasiada humana para que as coisas tivessem sentido. Os homens estavam separados das mulheres e o sexo aplaudia momentos irrecuperáveis. De todos os desejos travados, a própria instituição individual tinha a liberdade conquistada no riso em que ninguém queria ver terminar.
Talvez foram tempos que não voltam e enquanto não são esquecidos, são tempos que ainda existem em quem não precisa convencer o mundo das próprias experiências. A mulher ainda deita no peito de quem hoje lhe encanta, o homem ainda escreve pensando na mulher que um dia nem sabia ler. O conjunto do amor é que expectativas são tão distintas, apesar de que precisam estar no mesmo lar, apesar de que nunca serão compartilhadas na totalidade.
Escritor Joacir Dal Sotto .'.
Cura Mental e Espiritual "Mestre Divino" .'.
Em breve o lançamento do meu livro "Curvas da Verdade" .'.