Elegância dos namorados
Nesse meio tempo de amor e comportamentos que entram em choque, nessa grandeza de querer que a vontade individual se torne uma peça de ligação entre dois apaixonados, parece que o dia dos namorados e datas tão especiais nem são mais lembradas. Os presentes um dia foram dados com tanta intensidade, que hoje resta apenas um pequeno vazio. Muito mais poderá ser proporcionado e lágrimas não podem mais compor o fim de uma doce relação.
Largar é impossível se temos a certeza de que por dias iremos sofrer, ouvir canções e soluçarmos em tristes esperanças é ilusão que não queremos compartilhar distantemente. Somos duas pessoas que carregam fardas tão pesadas que são jogadas em um distante abismo, quando juntos dormimos abraçados após horas de prazer. Não temos regras e em nosso jeito tão insensato, deixamos de todas as exceções que poderiam nos desfazer na incompreensão.
Talvez o mundo seja pequeno para que os nossos gritos sejam suaves, é que não paramos de gritar interiormente para sacudirmos tudo o que demorou um longo tempo para acontecer. Nem todos os dias te darei flores, a vantagem é que por todos os dias consigo sorrir em teus momentos de embriaguez. Podemos até perder o controle quando estamos separados, o que não perdemos é a nossa insanidade que nos torna infinitamente alegres.
Tudo está aos poucos se transformando, enquanto que a mudança que não faço em você, é você que faz em teu próprio comportamento. Vamos trocando figurinhas, antes mesmo que o amor fique para depois da primeira noite. Estaremos dando os mesmos passos da primeira vez, desde que tudo de novo seja intensamente um segredo entre nós.
O mundo poderá rir de nossas loucuras, e quem ama é capaz de destruir o mundo para proteger o grande amor, que foi tão calorosamente criado. Quando partirmos diante novas escolhas, um acordo de ganhos estará fechado entre nós. Mesmo que toda a matéria não seja hoje te dada para te alegrar da maneira que você merece, serão todas as lindas palavras pronunciadas em teus ouvidos até que possamos adormecer no mais elegante caso de amor.
Escritor Joacir Dal Sotto .'.
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