O horizonte do coração

Eu quero muito mais do que amor, eu quero um santo que carregue o meu nome ou que eu apenas tenha o meu nome santificado. Eu sou muito mais que a luz das estrelas, eu sou um planeta que é cercado por estrelas e talvez eu tenha que ser um dia o mais nobre dos universos. Não tenho medo da morte por saber que a morte será apenas uma partícula de divisão, eu tenho é prazer em fazer aquilo que tenho vontade e em minha vontade chego ao estado mais elevado da loucura.

Talvez o mundo nunca me compreenda, é que sou por demais sábio para cair no senso comum. A minha busca está além do bem e do mal, eu tenho fé de que a minha ignorância irá passar, eu tenho uma sede pela verdade, apesar de saber que verdades nunca serão absolutas. Faço dos hinos uma canção popular, faço do meio popular uma rede para o meu profundo repouso.

Das ligações que eu mantinha com várias entidades, resta apenas uma ligação com o meu próprio ego. Sou humano e em minha demasia, deixo para todos uma ponte para que sigam o próprio caminho. Tenho liberdade e em meus sonhos fico preso até que consiga novamente me perder na mais doce solidão.

Fico triste e em minha alegria consigo me recompor ao receber uma simples notícia boa. De muitas canções que eu não conseguia ouvir, restam todos os momentos que eu não quero ver terminarem. Para quem busca apenas interpretar, tenho que revelar que o grande segredo está no horizonte arquitetado pelo coração.

Escritor Joacir Dal Sotto

Joacir Dal Sotto
Enviado por Joacir Dal Sotto em 06/06/2015
Código do texto: T5267969
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