O vai e vem do amor
Eu quero falar com você mesmo que os ventos sejam contrários diante a tua insegurança de confiar em um homem novamente. Não tenho mais medo de dizer publicamente que quem te ama com profundidade sou eu, um simples poeta que encontra no novo toda a sua força para seguir em frente sem nunca recuar. Talvez eu esteja exageradamente mais perto da morte física pelas situações de risco que me coloco do que perto da tristeza por não tentar realizar os meus sonhos mais ardentes.
Deixei guardado no cofre todo o tesouro que nunca vou usar, é que não quero mais ver tolos dizendo que o ouro precisa ser conservado pelo conforto dos ricos ou pela dignidade proporcionada pelo trabalho daqueles que querem uma zona de conforto. Quero realmente ver todas as explosões materiais e comportamentais para que o nosso amor possa brilhar além das estrelas diante a luz que juntos somos capazes de exalar. Podemos muito bem viver alegremente no deserto sem que demônios e anjos sejam eliminados, por estar nos demônios e nos anjos toda a essência humana de preservação da espécie.
Uma condição moral comum na sociedade não elimina o amor e toda condição moral da sociedade que na terra habita poderá nos destruir se não persistirmos em nosso lado moral incomum que tanto nos agrada. Somos muito mais que um vício, temos é a carência como desnecessária e na fartura encontra formas de economizar toda a riqueza que é intensificar um lindo momento que após muitos anos conseguimos juntos despertar. Em nossa igreja realmente não existem pastores por existir uma igualdade entre cada membro, é que o amor é o encontro de duas pessoas que primeiro conseguem aplaudir o próprio poder de persuasão para que o riso seja ativado.
Não vou mais te deixar livre por sentir-me parte de tua paz de espírito. Quero que você entenda que me entristeço na solidão por conseguir ao teu lado libertar o meu estado solitário sem deixar de criar como um poeta que permanece dançante ao lado de sua deusa sem abandonar todo o parque que um dia proporcionava um reencontro com seus leitores. Vamos viajar para bem longe de nossa terra de origem e de nossos familiares tão amáveis quando o momento ser conveniente diante a nossa imensa vontade de partir para longe dos problemas que um dia possam surgir em nossa doce realidade.
Sei que sou longo demais em minhas expressões para provar que comigo não existe meio amor, sou totalmente amor e sei muito bem que enlouqueço de ciúmes quando saímos para beber em meio das pessoas normais. É preferível que a sacada de teu apartamento ou o sítio tão perto da cidade sejam o nosso refúgio da civilização e ao mesmo tempo o nosso lar em que lindos textos são declamados sem pressa, do que o sangue de um crime em praça pública que não será perfeito aos olhos dos cordeiros. O cuidado ideal que precisamos tomar é que eu preciso me acalmar através de você e você precisa ser mais decidida para que o nosso amor seja também um negócio em que possamos superar os nossos tantos defeitos.
Escritor Joacir Dal Sotto​