O lado moral de um caso de amor
Eu sei que de teus sorrisos sou prisioneiro, que abraçando você vejo que estou protegido. Não tenho todos os pontos positivos de um homem perfeito e em minha imperfeição sei que sou capaz de te deixar encantada. As minhas lembranças se foram quando conheci você e talvez eu nunca tenha experimentado viver do passado, as minhas esperanças morreram quando conheci você e talvez eu nunca tenha esperado por algo sem agir como um desesperado aos olhos dos tolos que nada faziam para cuidarem do próprio lar.
A vida é bela por natureza e na união de nossas vidas parecemos dois jovens apaixonados que desde crianças queriam muito mais do que podiam. O próprio poder que nos une é luz para abrir caminhos e escuridão para fazer com que os nossos corpos relaxem. Nos perdemos em brigas sem soluções e também temos apenas um laço de compreensão que nos faz refletir sem nos afastar.
Ainda continuarão dizendo dos absurdos que compartilhamos, o problema é que você e eu sempre pensamos no que realmente nos deixa alegre sem nos preocuparmos com a miséria ou falsa riqueza dos outros. De todas as palavras que te envio é você que sabe que apenas eu consigo tocar o teu coração, de todos os versos declamados publicamente é apenas você quem sabe que são versos que surgem do prazer que conseguimos despertar um no outro. Mesmo que a raiva atinja aqueles que não concordam com a nossa união, é o nosso espelho uma peça pregada em nosso espírito para que todos que olhem negativamente para o nosso caso de amor sejam afundados no abismo sem ao menos saberem dançar como nós que sempre estamos aprendendo uma nova dança.
A diversidade que nos compõe é bela e apenas compreendida por quem ama, enquanto que o amor que encontramos através de nossa união é apenas visualizado pela arte que criamos quando existe um público de artistas que nunca pararam de estudar. Temos muita tranquilidade em dizer aos tolos que nos observam que o nosso momento presente tão maravilhoso é o que basta para que possamos continuar de mãos dadas até que novas condições possam nos atrair. Ao final de nossas vidas ou na torcida de nossos inimigos que dizem que não podemos continuar se amando pelo desrespeito que provocamos ao que é divino teremos apenas dois caminhos, em um estaremos no velório dos que odeiam a si mesmos e em outro estaremos mortos provocando risos de alívio naqueles que desperdiçam a vida com o mundo exterior.
Escritor Joacir Dal Sotto​