O equilíbrio de um amor pelo fato de ser amor
Quanto ao tempo que passei ao teu lado não tenho mais dúvidas de que foi um tempo maravilhoso. Agora passo por uma nova fase de nosso tão lindo amor, estou com você de forma que o choque de comportamentos que enfrentamos já foi superado. Entramos na fase em que muito pouco é escondido e quando entramos em contato através de nossas diferenças somos mais tolerantes para que ao menos possamos ouvir antes de reagirmos.
Ao parque em que fizemos o nosso primeiro contato deixamos de ir por ter nascido em nossa união um abraço entre quatro paredes como se tivéssemos partidos para uma montanha em que o vilarejo fosse simplesmente deixado para um evidente retorno. Em nossa estadia tão natural na montanha mandamos apenas cartas e infelizmente quase ninguém sabe ler, enquanto que os que sabem ler vão contra tudo o que pregamos para desfecho do rebanho. Eu sei que não ouço quase nada de teu passado e quando você desejar me falar serei eu o único que vai ouvir pacientemente, eu também sei que falo demais e muitas vezes vou contra tudo o que te fez suportar toda a dor do preconceito moral que te assombrou por anos.
Mesmo que venha uma legião moral para nos julgar como seres maldosos que em grande escala poderiam exterminar com a humanidade, vamos seguindo por nosso caminho de amor em que apesar da solidão está repleto de escolhas que valem pela alegria que conseguimos sentir diariamente. Estamos longe de representar dois planetas, somos é a união das estrelas que estão prontas para explodirem sem perderam a sintonia que é eterna. A esperança foi assassinada em nossa primeira noite em que eu não queria te soltar de meus braços, os ressentimentos estão sendo massacrados pela filosofia que estamos construindo que realmente está cercada de curiosos que certamente irão se ferir.
Somos o ferro e no fogo que nos aquece passamos deliciosos invernos como humanos que aos olhos dos tolos estão na cidade errada, apesar de que nós também pensamos que estamos corretamente no lugar errado. A vida é feita da primavera que se revela em teus gestos que vão ao encontro das necessidades alheias, a vida é feita do outono que afasta os inimigos de nosso lar, a vida é feita do verão em que fugimos para distantes montanhas para compreendermos melhor toda a heresia popular, a vida é feita do inverno que faz do fogo uma obrigação de que tudo precisará ser feito em nome da proteção. Se vai a vida e de todos os elementos da natureza que conseguimos reunir em nossos corações nada mais entra como dúvida por ser parte do amor que acaba com todos os complexos de inferioridade.
Um dia estaremos tão unidos que será evidente o nosso contato com novos obstáculos que irão nascer de nossa sede de sempre rirmos ironicamente até que tenhamos domínio da situação, desde que o velho não nos conduzir ao abismo sem o nosso jeito elegante que agora dançamos. Quando terminarem os nossos jantares por nos faltarem forças para ficarmos embriagados é certo que estaremos aguardando pelo sol da tarde para que possamos tomar um delicioso chá quando o inverno nos obrigar. Na morada de todos que nos rodeiam pedindo por comida temos apenas palavras para que o nosso amor seja mantido intocável da maneira que é e para que possamos ser luz de um exemplo, enquanto que a sociedade segue com seus bárbaros dizendo que experiência pessoal é uma obrigação moral coletiva em nome de um deus inventado por valores demasiadamente humanos.
Escritor Joacir Dal Sotto