Amor por amor e trabalho por amor

É difícil amar quando não se é amado, é difícil ser amado quando não se ama. Os detalhes que despertam um grande amor estão inseridos na infância e quase que desaparecem na vida adulta de muitos. Parece que o trabalho é mais importante que o amor e que viver apenas de amor não preenche uma vida.

Passa o tempo e o amor que foi vivido ou o trabalho que foi realizado de nada importam. O que importa é sempre o que estamos vivendo e com amor vivemos com mais alegria. Quanto ao trabalho também podemos gostar profundamente e se temos prazer no trabalho grande parte da vida torna-se prazerosa.

As dificuldades do caminho são fundamentais para que um aprendizado seja gerado, as vezes não é possível superar e se conseguirmos suportar a dor das feridas vivas uma hora veremos que as dificuldades passam. Um dia tínhamos sorrisos e se estamos tristes precisamos fazer tudo surpreendentemente diferente para que os sorrisos retornem. Quando não existem sorrisos que possamos se amar mesmo que venha uma legião de inimigos dizendo que somos egoístas.

O amor é dentro e vai ao encontro do que existe de mais belo por fora, o amor é o agora e de esperança ou ressentimentos não existe amor. Sem amor somos um lago sem peixes ou sem pessoas sábias para observarem artisticamente toda beleza do lago que é contemplado pelo mais lindo pôr do sol. O trabalho termina com a vida quando desde da sala de aula não existe vontade do estudante para contemplar a totalidade das propostas de formação, o trabalho não é amor e o amor torna-se o que existe de mais rentável na existência.

Para que o tempo seja útil precisamos ter momentos que queiramos repetir pela eternidade mesmo que o olhar ao que é eterno seja composto pela nossa maneira tão carnal e louca de viver. Promessas e mágoas são a mesma coisa para quem não consegue viver do presente, enquanto promessas engolem o agora, as mágoas sugam toda a potência para ser usada em prol da realização dos grandes sonhos. No descompasso do trabalho estão todos os escravos que não conseguem dormir em paz e quando dormem por estarem cansados da rotina escura que levam são incapazes de acordarem alegres, quando encontram o compasso é que precisam fornecer o ouro que levaram uma vida inteira para ganharem em nome do amanhã que disfarçadamente vem de um hoje em que a ilusão é o título de obreiro social.

Das escolhas feitas na vida dos nobres guerreiros resta apenas arrependimento é pelo caminho que não foi escolhido de forma que uma escolha profundamente soberana faz com que o melhor seja feito do projeto ao trabalho realizado, da jornada ao recomeço que frequentemente torna inquieto quem foi feito para penetrar no novo enquanto que é uma ponte segura para os jovens que queiram se libertar do preconceito moral. A infância é a inocência que precisamos ter para que apesar de feridos possamos confiar em uma nova brincadeira, a juventude é a coragem que precisamos ter para arriscarmos cruzar o nosso deserto interior, a vida adulta é a desconfiança que temos que carregar nas profundezas da alma para que através de nosso saber possamos usar das ferramentas certas até que o castelo seja construído seguramente para uma velhice tranquila. Se dizem que o egoísta procura agradar apenas a si mesmo não teríamos tantas tristezas no mundo diante um mundo de egoístas.

Escritor Joacir Dal Sotto

Joacir Dal Sotto
Enviado por Joacir Dal Sotto em 28/04/2015
Código do texto: T5223618
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