O amor como encanto
Um tempo para falar de amor e pensar no amor, um tempo para sentir amor e ouvir os outros dizerem que é tudo ilusão. O amor é louco, é instável, é razão. Com amor deixamos a vida passar de forma alegre e no paraíso em que ficamos prolongamos a vida.
Aos tolos se vai a vida sem prazer e quando todos se transformam em pó não existem mais explicações. O problema é a jornada que nos leva ao pó que sem amor é vazia, é frustrante, é triste. Não podemos perder tempo julgando em aplicar nos outros que o amor apenas é sentido, é pensado, é falado.
A tolice de acreditar que todos os dias o sol irá brilhar em todos os corações é a marca do abismo. No abismo precisamos dançar e se sem dança que possamos cantar, sem canto e dança precisamos ser lindos compositores que suportam a dor em prol da marca que ecoa na eternidade. Na vida trágica quase tudo é superação e a glória não passa de um alimento daqueles que se arriscam para chegarem no alto da montanha.
Os caminhos são tão simples e ao mesmo tempo complexos, o que não podemos é deixar de entrar em contato com a aurora que exige um sorriso sonhador que já é parte da mais ardente realidade. Quando somos dramáticos não adianta, é que muitos irão morrer em nosso quintal e apenas nós estaremos no palco para alimentarmos pessoas especiais que nunca serão extintas. Vamos velar os mortos e falar aos vivos enquanto damos vida ao presente que nunca irá ser extinto mesmo que venha a tão sonhada eternidade que assombra os mortais depressivos.
Amor e nada mais do que amor. Quantas explicações sem fundamento enquanto que o que basta é o amor exalado. Vamos fazer de nossos valores uma marca que de um dia para outro sejamos irreconhecíveis ao próprio ego, é que o amor próprio abre espaço para o novo e o novo está em buscar nos detalhes todo o encanto.
Escritor Joacir Dal Sotto .'.