Um amor de eternidade

Um pouco de tranquilidade antes de dormir é fundamental para você aceitar o que não pode ser mudado e acordar motivada para tentar transformar vinho em água. O inverso de todos os valores vem através do amor e tudo o que existe são valores. Do próprio amor conseguimos retirar muito mais que a energia vital, dominamos um mundo que antes não foi dominado.

Em teus cabelos que se deslizam suavemente com o vento está um toque de olhar por parte de quem enxerga com amor. Dos tantos livros que você leu e até aqueles que teve preguiça de ler existe uma luz te chamando para que você consiga ser tocada de forma intensa por quem percebe apenas qualidades superiores aos defeitos em você. É difícil ficar ao teu lado quase que sem roupas para te contar dos tantos obstáculos que você ainda terá que superar, seria mais fácil partir e sem amor não teremos sucesso na jornada.

O sol de fora continua o mesmo e ao teu lado muito mais alegrias trazemos para o nosso lar que foi construído através de milênios. Muitas vezes não me compreendo e você me mostra o caminho, muitas vezes não te compreendo e fico calado até que possa te compreender. Eu sei que fomos feitos um para o outro como a lua foi feita para noite, o que não podemos é se entregar para uma promessa sem que possamos fazer do agora uma ponte para grandes transformações de nossos instáveis comportamentos.

Corremos o dia todo e as vezes nem queremos sair da cama, ouvimos canções acreditando que o segredo da vida está nas canções. Somos uma única estrela que em sua linda explosão astral forma diversos filhos. Estendemos a mão e quando recolhemos é o mundo que acha que somos de outro mundo apenas por não apoiarmos tantos idiotas que tentam nos iludir.

Do muito vinho que tomamos precisamos tomar cuidado para que não sejamos levados pela embriaguez, pelo peso que acompanha os nosso pesadelos e que não podem invadir o nosso consciente que é um grande sonho diante as nossas ações. E que seja feita a nossa vontade assim na terra como nos céus. Da virgindade que tínhamos deixamos o sangue que correu para que pudéssemos sentir muito mais prazer do que a inocência de desconhecer o universo da alma.

Os teus cabelos adormecem quando fecho as janelas da sacada pela qual entrei. Mesmo que demore vamos ajustando o que foi feito para ecoar na eternidade, mesmo que não queiram nos ler e ao gritarem absurdos sobre o nosso caso de amor estamos mais como demônios para quem sempre procurou ver demônios em quem sempre cuidou dos próprios anjos que protegem de todas as maldades. A dor que vem em quem muda é ironicamente bela diante da dor que atinge aqueles que preferem se calar na caverna ou apenas seguirem como velhos cordeiros que serão sacrificados pelo tempo ou pelos donos demasiadamente humanos.

Nada será destruído ou construído enquanto aceitarmos viver do que escolhemos viver e lutamos para que a cada dia fique mais intenso, mais real. Em nossa compreensão geramos incompreensão aos invejosos que nos rodeiam e empurramos todos aqueles que ficam perto do abismo sem saberem voar. Entre futuro e passado somos um agora em que o amor é venerado por nossa dança noturna ao redor da fogueira.

O segredo da vida está no amor e o nosso amor faz parte de nossas vidas, não mais choramos, estamos apenas alegres observando o sol brilhar em nossos corações. Deixamos dos filhos por encontrarmos na liberdade e na sabedoria que os nossos filhos já são adultos demais para ganharem um colo além dos sentimentos que por eles serão eternos. Somos a verdade e a vida e quem contra nós se revelar nunca foi capaz de se revelar contra si mesmo, nunca foi capaz de perceber que somos terríveis contra quem não nos ama e tenta nos prejudicar.

Escritor Joacir Dal Sotto​

Joacir Dal Sotto
Enviado por Joacir Dal Sotto em 08/04/2015
Código do texto: T5199409
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