CONVIVÊNCIA FAMILIAR

 
 
 
O melhor marido não é aquele que paga todas as contas mensais e os compromissos da casa. Não é aquele que só traz o alimento farto para casa e enche a mulher e os filhos de presentes caros e supérfluos.
O melhor marido não é aquele que se desdobra dia e noite no trabalho, que vive dentro de automóveis ou aviões em viagens constantes somente com o objetivo de crescer e financeiramente enriquecer.
Não. Não digo que um marido que quer o bem estável financeiro da família esteja errado. Absolutamente não. Eu disse que nem sempre o melhor marido é o que prima apenas por esses detalhes.
Do meu modestíssimo entendimento humano cheio de erros e fraquezas como todo mortal, penso que além de todas aquelas preocupações materiais, para ser o melhor marido o homem necessita dispor de pelo menos uma hora por dia para conviver com os seus entes queridos, pai, mãe, esposa, filhos e inclusive os serviçais.
Conheci e conheço lixeiros e empregado (a)s doméstico (a)s que educaram seus filhos, levando-os a concluir a universidade apenas com o seu trabalho honesto, com toda rudez da vida, mas convivendo diariamente e decidindo tudo entre eles dentro de casa, num convívio harmônico e cristão.
Nem pensem que eu falo do marido no sentido machista. Refiro-me aos homens generalizando. Isto porque ainda trazemos de berço uma cultura de quinhentos anos atrás quando a cabeça do casal sempre foi o homem. Todavia, hoje, com tanta mudança cultural o comportamento entre os homens mudou muito de tal forma que às vezes do marido é assumido também pela mulher. E esta por sua vez arca com todas as obrigações de igual por igual. Além do que graças a Deus aos poucos os preconceitos estão caindo por terra dia-a-dia e os casais gays é bastante comum entre nós. Todos somos maridos e mulheres.
A meu ver, salvo melhor juízo, o companheirismo, um beijo e um abraço ao levantar-se, uma despedida afetuosa ao sair para a escola ou aos afazeres domésticos e trabalhos, um bate-papo informal na hora das refeições; uma oração de agradecimento pelas bênçãos recebidas faz do homem ou do chefe de um lar o melhor marido do mundo. UMA CASA NEM SEMPRE É UM LAR.
Atentem para um detalhe muito importante: Nós que moramos em grandes metrópoles como São Paulo ou em outras capitais do Brasil saímos todos os dias, mas nunca sabemos se fisicamente voltaremos ou não face a tantos acidentes e tragédias. Por isso não custa nada beijar os nossos entes queridos todas as vezes que vamos nos ausentar, ainda que seja por poucas horas.
É na convivência do lar com os nossos bem amados que sempre encontramos força e lenitivo para continuar a nossa jornada.