Assim caminha a humanidade

É mais que evidente, o fato de que nos dias de hoje, o homem está em seu estágio mais elevado no que diz respeito à aquisição de conhecimento e o domínio dos recursos da natureza, o que o proporciona uma série de possibilidades de atuação no mundo em que habita. Acredito que este ainda não é o momento par discutirmos os prós e contras dessa intensa atuação. O fato é que, a produção do conhecimento ocorre porque as coisas aparecem para o homem e ser o ser no mundo com os outros é o que permite as vicissitudes dessa dinâmica.

Diante de tanta produção, diante de tantas respostas solúveis, as perguntas perpetuam e instigam o humano que está sempre caminhando em busca de uma suposta verdade.

Ousadia eu diria, o atrevimento da metafísica de endeusar as verdades, prendendo-se ao unânime, explicitando o conhecimento e não permitindo que o ciclo tortuoso e fundamental do homem, transcorra livremente.

Como já disse Voltolini em Educação e Psicanálise: “ ....toda visão de mundo é datada e morre em prol de outra que se instala sob o signo de sua crítica...”

Anárquica, a fenomenologia assume a tenuidade das verdades e de forma singular, permite ao homem, atuar em um método de conhecimento sobre sua própria existência.

E assim, desvelando e ocultando o que é produzido empiricamente, o conhecimento tácito se apresenta como o devir que conduz a humanidade.

O conhecimento produz um bombardeio de informações, respostas, teorias e dizeres persuasivos, até mesmo intimidadores. Porém, sempre há espaço para a propriedade, que mesmo sendo frágil, se introduz em meio ao que já está posto, podendo assim, ressignificar as experiências e produzir novas direções à serem percorridas.

Esse movimento, é o responsável pela produção da identidade , a constante imersão e submersão entre propriedade e impropriedade.

Podemos dizer que é inegável a íntima ligação que o sentido possui com a ação, uma vez que este é o fator primordial para que haja o rompimento com a biografia (algo já dado), para que então tenha-se novas significações, experiências e possibilidades de atuação e produção de conhecimento.

Os gritos do conhecimento tácito, silenciam o conhecimento explícito, mesmo que momentaneamente.

E é necessário que seja assim.

Guilherme Moura
Enviado por Guilherme Moura em 23/11/2013
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