Alegrias e tristezas - II - continuação
Com um abraço forte e prolongado tentamos matar a saudade que nos incomodava desde 2008 quando nos encontramos aqui em Minas. Que alegria senti em rever aquele casal tão carismático que já enfeitou os meus dias e continua enfeitando minha vida!
Minha irmã Luzia estava junto e fomos todos passear.
Percorrendo as ruas do Porto, Miguel contava-nos fatos e fazia relatos de detalhes importantes acontecidos na cidade.
Atravessamos a ponte e fomos conhecer Vila Nova de Gaia. Miguel levou-nos a um hipermercado e escolheu o bacalhau que minha irmã tinha como encomenda.
E toda feliz sai de lá com um licor, fabricado pelos monges beneditinos. Presente do casal.
Fomos conhecer uma capela construída num rochedo, a do Senhor da Pedra. Nessa “mágnifica Capela que mergulha pelo Oceano” se realiza anualmente a mais típica das romarias de Vila Nova de Gaia no domingo da Santíssima Trindade e que se prolonga até à terça-feira seguinte.
A igreja estava fechada. Miguel e Malu falaram sobre a grande devoção das pessoas, das procissões feitas na época da festa, das belas cerimônias ali celebradas. Segundo Miguel, ela foi construída no século XVII, de planta hexagonal com um altar-mor e dois retábulos laterais de talha dourada e de estilo Barroco/Rococó. Possui diversa estatuária religiosa, sendo de salientar a imagem de Cristo Crucificado.
Fiz as minhas preces pois, para falar com o Senhor, as paredes não constituem empecilhos.
Tirei as sandálias para que meus pés tivessem contato com a água tão limpinha do mar. As ondas iam e voltavam. Aproveitamos para respirar fundo e usufruir daquela natureza tão pródiga.
(continua)