Tenha coragem!
@ Dalva Agne Lynch
Pois então, aqui estamos, às portas de mais um novo ano. Tumultuosos tempos, estes. Nem preciso inumerar as razões - cada um pode preencher a lacuna com o que quiser, porque tumulto não falta, em qualquer setor da vida política, social, emocional, espiritual. Cada "ismo", cada "ista", cada "ano", cada qualquer coisa, se veste de profeta e salvador, com soluções para tudo - desde os males da atmosfera à dor de cotovelo.
O problema é que, sim, há solução, mas parece que o mundo inteiro está ocupado demais olhando para o próprio umbigo para abraçá-la. E se eu disser que o amor resolve todas as coisas, vou receber risadas sarcásticas, olhares indulgentes ou simplesmente ser descartada para a lixeira como mais uma imbecil que faz versinhos pela net. O que não vai mudar em nada a realidade dos fatos, porque "amor" tem muitas facetas, sendo que a mais dura é a honestidade.
Veja bem: você pode tirar os filhotes de uma ursa, mas não há ira maior do que a dela, e esta ira vai se perpetrar nos filhotes que você roubou. Mas o homem, este tapado, não tem paciência para conquistar e domar a ursa, de modo que os filhotes sejam dele por direito de conquista. Assim o homem como nações, impérios econômicos e corações. Sempre é mais fácil tomar do que pacientemente conquistar; roubar do que trabalhar duro; enganar do que comprometer-se.
Mas tudo isso é lugar-comum, e coisa que todo mundo sabe. E aí é que está o problema, porque todo mundo sabe e ninguém faz nada. E a desculpa de cada um é justamente esta: "Por que eu vou fazer isto, se ninguém faz?" Então, de se jogar papel de bala pela janela do carro a enfiar dinheiro na cueca ou na mala dos filhos, tudo é feito em nome de "e por que eu não posso fazer o mesmo?" Sem falar dos que o fazem "em nome de deus"!
Pois meus votos de Ano Novo a você, que está a ler esta diatribe toda, é que você tenha a coragem de ser diferente, tenha a coragem de se levantar em meio ao caos do não-me-importismo, e agir corretamente, mesmo que isto não lhe traga benefício algum além de ver no espelho uma cara honesta.
E se isto lhe custar algo, seja dinheiro, afeto ou desafetos, que você, ainda assim, continue em frente.
E se ninguém mais parecer estar seguindo na mesma estrada, lembre-se: você de modo algum estará sozinho se tomar uma atitude honesta perante a vida. Afinal, posso não ser importante, nem rica, nem famosa - mas estou aqui com você.
@ Dalva Agne Lynch
Pois então, aqui estamos, às portas de mais um novo ano. Tumultuosos tempos, estes. Nem preciso inumerar as razões - cada um pode preencher a lacuna com o que quiser, porque tumulto não falta, em qualquer setor da vida política, social, emocional, espiritual. Cada "ismo", cada "ista", cada "ano", cada qualquer coisa, se veste de profeta e salvador, com soluções para tudo - desde os males da atmosfera à dor de cotovelo.
O problema é que, sim, há solução, mas parece que o mundo inteiro está ocupado demais olhando para o próprio umbigo para abraçá-la. E se eu disser que o amor resolve todas as coisas, vou receber risadas sarcásticas, olhares indulgentes ou simplesmente ser descartada para a lixeira como mais uma imbecil que faz versinhos pela net. O que não vai mudar em nada a realidade dos fatos, porque "amor" tem muitas facetas, sendo que a mais dura é a honestidade.
Veja bem: você pode tirar os filhotes de uma ursa, mas não há ira maior do que a dela, e esta ira vai se perpetrar nos filhotes que você roubou. Mas o homem, este tapado, não tem paciência para conquistar e domar a ursa, de modo que os filhotes sejam dele por direito de conquista. Assim o homem como nações, impérios econômicos e corações. Sempre é mais fácil tomar do que pacientemente conquistar; roubar do que trabalhar duro; enganar do que comprometer-se.
Mas tudo isso é lugar-comum, e coisa que todo mundo sabe. E aí é que está o problema, porque todo mundo sabe e ninguém faz nada. E a desculpa de cada um é justamente esta: "Por que eu vou fazer isto, se ninguém faz?" Então, de se jogar papel de bala pela janela do carro a enfiar dinheiro na cueca ou na mala dos filhos, tudo é feito em nome de "e por que eu não posso fazer o mesmo?" Sem falar dos que o fazem "em nome de deus"!
Pois meus votos de Ano Novo a você, que está a ler esta diatribe toda, é que você tenha a coragem de ser diferente, tenha a coragem de se levantar em meio ao caos do não-me-importismo, e agir corretamente, mesmo que isto não lhe traga benefício algum além de ver no espelho uma cara honesta.
E se isto lhe custar algo, seja dinheiro, afeto ou desafetos, que você, ainda assim, continue em frente.
E se ninguém mais parecer estar seguindo na mesma estrada, lembre-se: você de modo algum estará sozinho se tomar uma atitude honesta perante a vida. Afinal, posso não ser importante, nem rica, nem famosa - mas estou aqui com você.