Encontros e reflexões.

Eu me vejo à frente de mim e me encontro, dessa vez, onde e como eu gostaria de estar.

Sentado, confortável... Sobretudo... vivo!

Sobrevivendo à epidemias virais, maléficas, comodistas e vazias.

Para o vírus a vacina, para a maldade o amor, para o comodismo o autoconhecimento, para o vazio o trabalho.

Trabalho esse que edifica, que justifica o salário justo que tenho, agora, em mãos. Fruto dos estudos e de dedicação. Que obviamente não são frutos meus, apenas.

Dedico essa nova condição aos meus medos de iniciante, à boa vontade de meus pais, aos ritos de passagem rigorosos, aos nãos que recebi.

Eu vejo as fotos das pessoas que passaram por mim, e rio com seus sorrisos, eu torço com suas conquistas, eu padeço com suas perdas.

Eu forneço orações silenciosas para eles, perdoo para que o veneno do rancor não habite em meu seio, cativo boas lembranças para que eu não desonre as decisões assertivas.

Por mais que a lágrima caia, e a aflição e o desamparo venha naquele instante, se se tivéssemos uma vista além do alcance enxergaríamos que aquele não foi para o nosso bem, para o crescimento, para o aprendizado.

Então... tudo passa!!!

Nesta aventura chamada vida tudo recai sobre os ombros daqueles que tentam despertar, e veem que no amor tudo fica mais belo e mais simples.

Não é preciso tanta dor, não é preciso tanto imediatismo, não é preciso tanta ânsia em ver a construção acabada.

Pois ela é um eterno construir, ela é um eterno remover e colocar novas peças. Então não confunda pessoas com peças e nem coisas como prioridades... A não ser que você ainda necessita aprender isso da maneira que a professora vida ensina... com rigor, sem rodeios, removendo seu chão e te silenciando. Pois as lições que ela nos trás são para nós mesmos... As cartas que o carteiro da vida nos trás são pra nós mesmos, sem exceção.

Por mais que tudo pareça ser injusto, nos dias de hoje, não há injustiça nos mecanismos da grande roda da evolução humana.

Alce voo para sair da areia movediça da dor, e se enxergue do alto. Perceberás que terás força para sair de lá, vivo, e também verás que foram suas escolhas que o puseste naquela condição.

Não se permita, caro amigo, cara amiga, se envolver em sentimentos mais baixos. Se permita manter seu corpo e sua alma com sentimentos mais altos. Mesmo durante a tempestade fulgurosa, a noite mais negra, a dor mais cruciante... Esboce um sorriso e diga a si mesmo: tudo passa!

Domingos de Morais
Enviado por Domingos de Morais em 23/12/2020
Código do texto: T7142153
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.