Luta

Eu não fujo da luta.

Sou filha dela, vivo um dia de cada vez, nunca pude me folgar, pro dia nascer feliz . E no anoitecer pegar a viola ir pra sacada e me por a cantar.

Eu não fujo a luta, todo dia levanto cedo me ponho de pé, faço o café e começo a rezar.

São velhas preces que minha mãe devota me fez decorar.

Eu não fujo a luta , mesmo em dias tristes tento me alegrar, pois ser pobre é assim se trabalha come, se não trabalhar não reclama , não tem pena de si, sabe que amanhã é um novo dia e tudo pode mudar.

Ser pobre é assim desde cedo aprende a sonhar.

Voar até às nuvens com os pés dentro do mar.

MARGARYDA BRITO
Enviado por MARGARYDA BRITO em 21/04/2020
Código do texto: T6924654
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