AMOR – DEFINIÇÃO


 
 
Definição do amor é uma tarefa quase impossível uma vez que o amor não tem cor, raça ou religião. As bilhões de formas do amor, com variantes inusitadas de acordo com os homens e povos de cada pequenino canto do Planeta Terra nos remetem ao pensamento de que só podemos individualmente, ainda assim com muita dificuldade, definir o nosso próprio amor. Muitas vezes temos dúvidas.
Às vezes o amor começa simples e acaba complicado. Noutras vezes ele começa complicado, até sem querer e então dá certo. Isto porque de repente a gente não quer só amor. Quer paixão, quer tesão, quer pudor, quer fidelidade sem ser fiel.
Realmente o amor é o bicho conforme afirma no seu bom texto a minha querida amiga e poetisa Mell Barcellos.
Certa vez um amigo definiu o amor como o bagaço da cana que acabou de ser moído para virar garapa. Perguntei-lhe por que isso e ele então me respondeu:
- Quando você passa a cana no engenho e mói uma vez, sai sessenta por cento do caldo. Você mói mais uma vez e sai mais dez por cento. Assim, você passa os bagaços várias vezes e cada vez sai mais caldo até secar de vez. Com esses bagaços pode se fazer fogo se nele acender uma chama. Ou transforma-los em adubo se forem triturados e misturados com outros insumos na terra.
Assim é o amor. Num relacionamento a dois se o casal vai ultrapassando as barreiras e rompendo os obstáculos que surgirem chegará um momento que tudo se transforma só em  amor e a vida de ambos passa a ser de muita paz e alegria. Ou então tudo se acaba definitivamente, porém sem deixar feridas,  dor e sofrimento para alguém.
(CLEMENTINO, poeta e músico de São Sebastião – SP/BR.)